As marés são causadas pelas forças gravitacionais exercidas pela lua e pelo sol sobre o nosso planeta. Essas forças são tão grandes, que deslocam a água dos oceanos, criando o fenômeno das marés. O que você precisa saber é que a maior parte do nosso litoral é mais influenciada pela presença da lua. Nos períodos de lua Cheia e lua Nova as marés têm uma amplitude maior (Marés de Sizígia ou Vivas), enquanto nos períodos de Quarto-Minguante e Quarto-Crescente essa amplitude é mais reduzida (Marés de Quadratura ou Mortas). Quanto maior a amplitude, maior será a corrente de maré, influenciando automaticamente o rendimento do caiaque. Por isso, atente-se para as fases da lua quando for navegar por canais, estuários, braços de mar e rios ao longo do litoral, pois nesses locais mais limitados é que as correntes de maré terão mais influência. Consulte o quadro de Amplitudes de Maré nos principais portos brasileiros para avaliar o que irá encontrar pela frente. Já as correntes marinhas, por outro lado, estão relacionadas a fatores como a rotação da Terra, as estações do ano e às condições físico-químicas da água do mar. Consulte os Roteiros de Navegação da D.H.N. (Diretoria de Hidrografia e Navegação), o Atlas de Cartas Piloto ou outros guias como o Guia Mar da Costa Brasileira (Litoral do Rio de Janeiro e Litoral de São Paulo), para obter as informações necessárias, como a direção e velocidade das correntes que atuam em nosso litoral.
ALTURA DA MARÉ NUM INSTANTE QUALQUER (Regra dos Doze Avos) A forma mais prática para se saber a altura da maré num determinado local é a consulta direta à “Tábua das Marés”. Porém, os valores nela obtidos correspondem aos instantes onde a maré atinge seus pontos máximos (Preamar ou PM) e mínimos (Baixa-mares ou BM). Para se saber a altura da maré num instante qualquer, basta usar a “Regra dos Doze Avos”. Tal regra é fácil de ser aplicada quando a PM e a BM acontecem num intervalo de 6 horas. Caso isso não ocorra, basta dividir este intervalo em 6 partes iguais. Na primeira hora (ou primeira parte do intervalo) a altura da maré irá se modificar em 1/12 do valor da amplitude total (PM menos a BM). Ao final da segunda hora (ou segunda parte do intervalo) a altura irá se modificar em 2/12 do valor da amplitude. Na terceira hora (ou terceira parte) a altura irá se modificar em 3/12, assim como também na quarta hora (ou quarta parte). Já na quinta hora (ou quinta parte) a modificação volta para 2/12 e termina a sexta hora (ou sexta parte) modificando-se em 1/12 do total. Cabe observar que tal regra funciona para as águas abertas, tanto no período de enchente quanto no de vazante.
VELOCIDADE DA CORRENTE DE MARÉ (Regra do Terço) Durante a movimentação das águas, quer na enchente ou na vazante, a velocidade da corrente varia em intensidade; porém, essa variação também é previsível. Embora nas cartas náuticas só figurem os valores máximos das correntes, é possível determinar sua velocidade em cada período do intervalo entre a Preamar e a Baixa-mar e vice-versa. Para tanto existe a “Regra do Terço”, que segue o mesmo padrão apresentado anteriormente, dividindo o intervalo de tempo entre a PM e a BM em 6 períodos iguais. Ao final do primeiro período, a velocidade da corrente irá alcançar 1/3 da máxima prevista. No segundo período, a velocidade irá alcançar 2/3, sendo que no terceiro e quarto período a velocidade alcançará o seu limite máximo, voltando a decair para 2/3 no quinto período e para 1/3 no final do sexto período. Para memorizar mais facilmente, lembre-se da razão 1:2:3:2:1.
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