terça-feira, 25 de agosto de 2009

ÁREAS DE TRABALHO EM SITUAÇÕES CRÍTICAS




Nestes artigos que estamos escrevendo, agora venho com uma abordagem do planejamento de um plano de ação, nesta parte com uma visão da segmentação de área para estimativa de procedimentos de logística, ou seja, divisão das áreas para o plano logístico.

Não seria impossível ter que atuar e montar uma tenda, ou barraca se preferir, para que as atividades de coordenação da logística possa se organizar e preparar-se para atuar, montando almoxarifado, central de comando, comunicação e área para refeições.

O Plano Logístico é uma ferramenta importante para a coordenação das operações, pois organiza o uso da área por parte das equipes, facilita o controle dos recursos operacionais e aumenta a segurança das operações.

A área envolvida na operação de uma situação crítica pode ser classificada de três formas, que determinarão quem pode entrar nessa área, com que medidas de segurança e quais as atividades permitidas.

Área Quente 

A Área Quente é determinada no local que sofreu mais intensamente os efeitos do evento que causou a situação crítica. É nessa área que serão desenvolvidas as operações de maior risco e complexidade.


Por exemplo: em uma emergência ambiental, a Área Quente é aquela teve origem o evento, a Área Quente é o local atingido pela mancha. Também são áreas quentes os pontos de apoio onde serão lançadas formações.
O objetivo de estabelecer uma Área Quente é restringir o acesso de pessoas a ela sem que seja absolutamente necessário para a operação, para permitir que somente pessoas adequadamente treinadas e equipadas, com um objetivo específico a ser alcançado, se exponham aos riscos identificados naquele espaço físico.

O estabelecimento de uma Área Quente é muito mais fácil em um evento restrito, onde você pode até mesmo isolar o espaço com fitas. Mas nem sempre isso é possível.

Muitas vezes podem ser atingidas praias movimentadas ou mesmo vários municípios no trajeto de um rio. Mesmo assim, haverá áreas desses municípios onde o risco para as operações será maior, e essas áreas serão consideradas Áreas Quentes. E será, então, impossível “cercar” praias inteiras com fitas de isolamento, mas pode-se restringir o acesso por meio de bloqueios de estrada, placas de sinalização e meios de informação.

Mesmo assim, a área será considerada quente pelos integrantes da operação, que adotarão medidas para diminuir o risco (uso de coletes salva vidas e uso de rádio comunicador em áreas perigosas são alguns exemplos).

Área Fria 

A Área Fria é aquela que abriga as instalações e recursos que darão suporte às atividades, mas apresenta um pequeno risco relacionado à situação crítica e às operações que serão desenvolvidas. Por isso, na Área Fria as exigências de segurança são menores (adequadas ao risco, mas não negligenciadas), e a circulação de pessoas que não têm relação com a operação só é restrita nas instalações de apoio (Posto de Comando, Área de Reunião ou Base de Apoio).


Área Morna 

A Área Morna é uma área intermediária entre a Área Quente (de maior risco) e a Área Fria (totalmente segura). Na Área Morna o acesso e a circulação ainda são restritos, mas as condições de risco não são tão altas, propiciando uma área para que os profissionais se equipem, repassem orientações e façam as últimas verificações de segurança antes de adentrar a Área Quente. Por isso, ela é utilizada como ponto de partida para as ações na Área Quente.


Acessos e Corredores 

Além de estabelecer áreas de trabalho, é interessante que a logística estabeleça os corredores e pontos de acesso às Áreas Quente e Morna. Fazendo isso, ele controlará melhor a presença de recursos operacionais nas áreas mais perigosas da operação e o pessoal da segurança  poderá realizar uma vistoria nas pessoas que estão acessando essas áreas para verificar se elas estão com os equipamentos de proteção necessários, têm informações corretas e conhecem as medidas de segurança recomendadas.


Em operações de alto risco, o controle do acesso à Área Quente é muito rigoroso, para que não haja dúvida sobre quem está na área mais perigosa, e há quanto tempo.
Outra medida que pode ser necessária é estabelecer os corredores de acesso. 

Em alguns casos isso será fundamental para a segurança. Imagine uma situação envolvendo o vazamento de um gás tóxico; a aproximação contra o vento ou a utilização de um corredor de acesso à emergência onde o gás foi espalhado pelo vento pode ser fatal para equipes que ainda nem chegaram ao local. O corredor de acesso pode viabilizar a circulação de recursos, evitando congestionamento de veículos que podem obstruir vias secundárias e danificar vias não pavimentadas, dificultando o acesso, principalmente os caminhões, pelo seu tamanho.



Cesar Costa
Consultor de Estratégia de Resposta a Riscos Ambientais
Fone de Contato: (71) 99909-7585
Email: costacesar@globo.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Em situações críticas, o conhecimento da área e avaliação pode ser muito útil!

Anônimo disse...

Boa noite, você poderia me explicar um pouco mais sobre essa foto? O q representa, que local é esse, etc. obrigadaa