terça-feira, 25 de agosto de 2009

ESTUDO DO CASO PARA OS CENÁRIOS CRÍTICOS


Conforme os dados fornecidos pela PETROBRAS, com as informações constantes na composição do cenário crítico, deve ser realizado o estudo do caso para avaliação inicial do cenário.

Os dados gerados pelo estudo do caso, nortearão as pesquisas iniciais e geram subsídios para o levantamento de campo a ser realizado.

Algumas análises devem ser realizadas para garantir êxito neste processo:

Análise da Construção: avaliação dos principais termos e variáveis do cenário para que se saiba exatamente o que se quer pesquisar. Este passo é composto da avaliação do local indicado e do produto incluso no cenário.

Análise da Evolução: avaliação do relacionamento causal que explique as conseqüências esperadas no comportamento do produto contaminante com a sensibilidade e a vulnerabilidade esperada do cenário. Análise das fontes do problema (causas) refletindo nas situações conseqüentes (efeitos). Deve-se testar a coerência entre as proposições iniciais, desenvolvimento e resultados encontrados.
Análise da Abrangência: avaliação da região sobre a qual as conseqüências podem ser relacionadas. Deve-se testar a coerência entre os achados do estudo na região do cenário, vendo a possibilidade dos resultados serem também aplicáveis aos arredores expostos.
Análise da Confiabilidade: avaliação do estudo realizado, vendo outras possibilidades e verificando se obtém resultados assemelhados. A Minuta do Estudo do Caso do Plano de Atuação e a base de dados do estudo são fundamentais para verificação da confiabilidade.


Preparação para o Estudo do Caso do Cenário
Para realizar o Estudo do Caso eficaz devem ser formuladas boas questões com interpretação das respostas. É necessário ser adaptativo e flexível sem perder o rigor – não ter receio, se necessário, escolher outros aspectos, coletar outras informações, ou decidir refazer o “design”. Adquirir grande conhecimento sobre o local onde o cenário foi proposto é vital neste processo. Os dados coletados devem ser sempre bem documentados.


A Minuta do Estudo do Caso é a versão inicial do Plano de Atuação, contendo as informações iniciais da pesquisa. A função da minuta é gerar um documento inicial de trabalho servindo como guia ao longo das atividades do estudo.
Como os dados são coletados sob condições de ambiente não controlado, isto é: em contexto real, deve-se adaptar o plano de coleta de dados às informações das pesquisas realizadas. Em outras palavras, as informações devem ser introduzidas ao cenário em estudo, e não o contrário, como ocorre com estratégias de pesquisa em ambiente controlado.
Fontes de pesquisas
Documentos: a pesquisa documental pela Internet deve constar do plano de coleta de dados. Cartas náuticas, monografias, comunicados, agendas, planos, pesquisas, relatórios, estudos, jornais etc. O material coletado e analisado é utilizado para corroborar evidências de outras fontes e/ou acrescentar informações. Por isso, é importantíssimo tentar extrair das situações as razões pelas quais os documentos foram criados. Os documentos podem fornecer “pistas” sobre outros elementos.

Registros de Treinamentos Anteriores é outra fonte de pesquisas. Os documentos gerados de treinamentos anteriores pelo pessoal das Bases Avançadas e dos CDA constituem a principal fonte de pesquisa de um Estudo do Caso. Trata-se de relato das atividades realizadas nos cenários e, portanto, retratam as características estratégicas do local. Quando possível usar relatórios e imagens destes eventos.

Princípios para coleta de dados de pesquisa:
Usar múltiplas fontes de evidência
O uso de múltiplas fontes de pesquisa permite o desenvolvimento da avaliação em várias frentes – analisar vários aspectos em relação ao mesmo fenômeno. As conclusões e descobertas ficam mais consistentes e apuradas já que advém de um conjunto de informações.


Construir, ao longo do estudo, uma base de dados
Embora em pesquisas a separação entre a base de dados e o relato não seja facilmente encontrada, essa separação deve acontecer para garantir a confiabilidade, uma vez que os dados encontrados ao longo da pesquisa sejam armazenados, possibilitando a análise por outros técnicos. Os registros podem se dar através: notas, documentos, tabulações e narrativas (interpretações e descrições dos eventos observados, registrados...).


Formar uma seqüência de pesquisas
Construir uma seqüência de pesquisas consiste em configurar o Estudo do Caso de tal modo que se consiga a cada nova informação adquirida levar ao próximo questionamento que servirá como base para novas pesquisas. Deve-se assegurar que cada nova pesquisa apresentada seja devidamente catalogada para a bibliografia do Plano de atuação.


Análise das pesquisas
A análise das pesquisas é o menos desenvolvido e mais difícil aspecto da condução de um Estudo do Caso. O sucesso depende muito da experiência, perseverança e do raciocínio crítico do técnico para construir descrições, interpretações que possibilitem a extração cuidadosa das conclusões. Um tratamento – organização e tabulação dos dados devem ajudar na análise. O mais importante nesta fase é ter definida uma estratégia analítica geral já que isso significa tratar imparcialmente o material das pesquisas encontradas e extrair conclusões analíticas, apresentando interpretações e descrições alternativas. O papel da estratégia geral é ajudar o técnico a escolher entre diferentes técnicas de combate a serem implementadas por ocasião do cenário proposto. Há duas maneiras de se formatar a estratégia geral: basear-se nas proposições teóricas – referencial teórico – ou desenvolver uma criativa descrição do caso.



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Cesar Costa
Consultor de Estratégia de Resposta a Riscos Ambientais
Fone de Contato: (71) 99909-7585
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