segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

TERCEIRA ETAPA - AVALIAÇÃO AMBIENTAL PARA SEGMENTAÇÃO




Na fase da Avaliação Ambiental para Segmentação, os impactos ambientais resultantes dos Plano de Emergências propostos serão analisados com base em informações concretas. Considerando os critérios decorrentes desta análise, será avaliada a suscetibilidade dos segmentos (subáreas), confrontando sua fragilidade ambiental com a estratégia planejada.



Cada segmento deve incorporar os conceitos de impactos relativos ao Plano de Emergência, verificando inclusive sua espacialização.




Nesta fase também serão definidos os principais parâmetros analíticos que vão compor a formação das estratégias. As atividades descritas serão realizadas, tendo em vista propor a segmentação da área do Plano de Emergência, a partir da integração das informações na Base de Dados Georeferenciada (BDG), da definição de parâmetros de hierarquização e de análise multicritério para a estimativa de estratégia.



1 Definição Preliminar dos Segmentos




O principal objetivo desta atividade é facilitar o desenvolvimento posterior da etapa de criação de estratégia de resposta, permitindo a elaboração de táticas conforme as características de cada segmento. Ela não deve, no entanto, mascarar a análise da estratégia global do Plano de Emergência, objetivo principal de se estabelecer isto no Plano de Atuação.



Aborda-se um conjunto de critérios que, combinados ou não, melhor representem os aspectos de cada segmento do Plano de Emergência. Entre os critérios que deverão nortear a subdivisão dos segmentos do Plano de Emergência, destacam-se os relacionados a seguir.



1.1 Aspectos Relativos à Vulnerabilidade



Os mapas de vulnerabilidade indicam os pontos onde o perigo da contaminação é eminentemente maior.



As áreas com maior possibilidade de ser atingidas devem compor segmentos afins para que sejam criadas estratégias especificas para estes locais.



1.2 Aspectos Relativos à Sensibilidade



Os mapas de sensibilidade (cartas SAO) fornecem a sensibilidade da região afetada e devem ser considerados na definição dos segmentos.



Cada região com sensibilidade similar deve ser considerada na definição dos segmentos para que os estratagemas criados sejam eficazes em todo segmento.



1.3 Aspectos Técnicos Operacionais



As características operacionais devem também ser observadas na definição dos segmentos.



Considerar que cada segmento deve ter sua estratégia operacional especifica, divididas em áreas bem definidas de atuação.



Outro fator relevante é a determinação de distâncias tecnicamente viáveis para montagem de estratégias para cada segmento. Levanto em conta os acessos, viabilidade estratégica e disponibilidade de recursos.



Além do mais, distancias menores nos segmentos viabiliza acionar a estratégia montada para a área, assim que a possibilidade de contaminação se apresente naquela região especifica, sem o risco de haver dimensionamento excedente de material. A cada novo segmento sob risco se aciona sua estratégia indicada.



2 Metodologia para Segmentação




PASSO 1: Gerar os Vértices dos Segmentos



Realizar a marcação dos geocentros, ou pontos centrais da cada segmento correspondente aos quais, para efeitos do estudo, apresentam sensibilidade similar para atuação com os mesmos estratagemas definidos;



PASSO 2: Os Arcos do Segmento e a Matriz de Distâncias



Determinar as distâncias entre os geocentros determinados no passo anterior e formar a matriz de distâncias entre as diferentes sensibilidades encontradas;



PASSO 3: Avaliação do Ponto Zero



No caso de um estudo da análise do local onde teve inicio o vazamento, há que identificar qual o impacto provocado em primeira instância na sua origem e suas implicações no segmento ao qual está posicionado, prevendo ações de contenção do ponto zero, respeitando as características do seu segmento e seu respectivo geocentro, e seguir ao Passo 5;



PASSO 4: Modelagem Evolutiva do Incidente



Na fase de evolução do incidente, a modelagem proposta deve ser aplicado no mapa de vulnerabilidade, usando-se métodos exatos ou heurísticos, de modo a obter uma divisão de segmentos de sensibilidade uniforme com seus respectivos geocentros, medindo os impactos conforme a sua similaridade. Caso não haja um mapa de vulnerabilidade disponível, viabiliza-se uma estimativa de comportamento conforme informes conhecidos da região para modelagem da evolução;



PASSO 5: Interpretação e Estimativa das Estratégias



A partir do impacto previsto no incidente proposto pelo Plano de Emergência em estudo, seja a projeção inicial (Passo 3), sejam as projeções subsequentes (Passo 4), determinam-se as respectivas estratégias de atuação, de acordo com a possibilidade ambiental. Para cada aspecto do segmento criam-se as táticas específicas que irão compor o estratagema do segmento escolhido. A demanda resultante deve ser comparada com a capacidade logística de atendimento;



PASSO 6: A Validação dos Dados



A formalização das estratégias sugeridas pelo estudo passa antes pela validação dos dados usados e pelas conclusões alcançadas. Em particular, as regiões com maiores discrepâncias devem ser visitadas e as anormalidades investigadas no levantamento de campo.

Saudações estratégicas.
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Cesar Costa
Especialista em Estratégia de Resposta
Email: cesarcosta.job@gmail.com



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