segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

SEGURANÇA PARA AS CRIANÇAS NO CARNAVAL


Estaremos tratando novamente do tema carnaval nesta semana, semana que vem voltamos ao tema da elaboração do Plano de Emergência.


Nesta semana, trataremos sobre quem predente levar os pequenos para brincar carnaval, pois devem adotar algumas estratégias para garantir a segurança das crianças. Desidratação, insolação e perda auditiva são problemas infelizmente comuns nesta época.

Confira os estratagemas para curtir o carnaval com as crianças sem descuidar da saúde e da segurança:

1 - Lembre-se da hidratação

Assim como os adultos não podem descuidar da sua hidratação, é preciso oferecer sempre água para as crianças ao longo da festa. Leve consigo sempre garrafas de água mineral para as crianças.

2 - Som alto pode agredir os ouvidos

Pediatras recomendam ficar a uma distância mínima de 15 metros das caixas de som para não prejudicar a audição das crianças ou, quando possível, usar protetores auriculares. Também é recomendado evitar grandes aglomerações para proteger as crianças de infecções virais.

3 - Cuidado com o sol

Insolações também são problemas comuns neste período. É preciso passar protetor solar a cada duas horas e repelente em seguida.

4 - Verifique a segurança do ambiente

Nos  locais em que houver matinês, a orientação é verificar a segurança do ambiente, os alvarás de vistorias para a realização do evento e a permissão do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Além disso, a criança só pode participar desses eventos quando estiver acompanhada dos pais ou responsáveis legais.

5 - Lugar de criança é em blocos e eventos infantis ou camarotes adequados para recepcionar menores

É aconselhável levar as crianças a blocos e eventos adequados para sua idade. É muito bom quando a família passa para a criança a cultura do carnaval. Agora, se for para levar a criança para um camarote, que seja um preparado para receber a criança. Que seja um bloco dirigido especialmente ao público infantil e que tenha como entrar no bloco ou sair dele com facilidade, se for um camarote que seja seguro e com estrutura para as crianças.

6 - Identifique seus pequenos

É importante a identificação das crianças e adolescentes que transitarem pelos circuitos da folia. É recomendado anotar na pulseira ou no crachá o nome da criança e do responsável e o telefone do responsável.  Em alguns estados, ações do governo ajudam nessa tarefa.

7 - Crianças podem se perder: estabeleça pontos de encontro

Outra medida que os pais podem tomar é o estabelecimento de pontos de encontro com os pequenos, caso a família se separe. Geralmente existem serviços para ajudar a encontrar crianças perdidas nos dias de folia carnavalesca. É necessário pesquisar como funcionam os acionar os mecanismos criados e as formas de acionamento se necessário. Retire ao sair de casa uma foto de cada criança para poder mostrar como são e como estão vestidas em caso de se perderem.

8 - É proibido fornecimento de bebidas alcoólicas a menores

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o fornecimento, a venda ou a simples entrega de uma lata de bebida alcoólica a adolescentes já constitui crime e a pena é de dois a quatro anos de reclusão.

Pela lei, são consideradas crianças as que possuem 12 anos incompletos. Já os adolescentes são aqueles com idade entre 12 e 17 anos.

9 - Viu algo errado? Denuncie


 Em períodos de festas os riscos para situações de violência contra crianças e adolescentes aumentam, porque eles ficam mais vulneráveis em grandes aglomerações. Caso você veja uma violação de direitos de qualquer tipo contra crianças, seja violência sexual ou trabalho infantil, entre em contato com o Conselho Tutelar.

Saudações estratégicas.
DEIXE SEU COMENTÁRIO E SUGESTÕES ENTRE EM CONTATO E RETIRE SUAS DÚVIDAS!

Cesar Costa
Especialista em Estratégia de Resposta
Email: cesarcosta.job@gmail.com

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

ESTRATÉGIA PARA O CARNAVAL SEGURO


Vamos esta semana dar uma pausa nas técnicas para elaboração de um Plano de Emergência Ambiental e mostrar as estratégias para ter um carnaval com toda segurança. Na próxima semana retomamos falando sobre a quinta etapa do Plano de Emergência.

ANÁLISE DOS RISCOS

Como não existe nenhuma atividade isenta de riscos e risco é qualquer incidente que possa influenciar negativamente este acontecimento. Os eventos como o Carnaval estão particularmente sujeitos ao perigo de riscos. A bebida, a festa e todos fatores da diversão podem nos expor a riscos de furtos, roubos, acidentes e todos os riscos da região onde irá se passar a folia, casos como o risco da febre amarela em alguns locais por exemplo.

O conceito de risco não se refere apenas e exclusivamente a risco de segurança ou a risco financeiro durante o carnaval, mas também, por exemplo, a fraude e a deturpação da promoção de eventos turísticos ou da folia. Assim, por gestão de risco, neste contexto do carnaval, o processo de avaliação, análise e resolução dos possíveis problemas em todos âmbitos da festa. Contudo, o risco pode não ser obrigatoriamente sinónimo de dano (até porque o risco faz parte de qualquer atividade).

Por isto, é necessário planejar antecipadamente o local para passar as festividades carnavalescas, obtendo informações detalhadas sobre os riscos da região, como chegar, onde frequentar e horários. É preciso lembrar que existem locais que, nesta época do ano, alteram os horários ou forma de funcionamento.

É importante permanecer sempre atento às pessoas ao seu redor e manter especial atenção com as crianças. Uma boa ideia é identificá-las com pulseiras, constando o nome dos pais, endereço e telefone para contato.





ESTRATÉGIAS DE TRANSPORTE

Estratégia para andar a pé:

- Se possível, evite caminhar sozinho, especialmente por locais desertos e mal iluminados. Prefira andar em grupo;

- Não ostente objetos de valor ou que chamem muito a atenção, como joias, celular e tablet, por exemplo;

- Bolsas, sacolas e mochilas devem ser carregadas à frente do corpo, e com firmeza;

- Evite abrir carteira e manuseá-la quando estiver na rua;

- Procure não guardar carteira e objetos no bolso traseiro da roupa;

- Carregue poucos documentos;

- Se perceber que está sendo observado e seguido, atravesse a rua e entre no estabelecimento comercial mais próximo. Se o perseguidor continuar por perto, peça ajuda!

Estratégia para carro/ moto particular:

- Evite estacionar na rua, especialmente em locais com pouco movimento e pouca iluminação. Sempre que possível, opte por estacionamentos com seguro;

- Antes de estacionar na rua, verifique se há alguém suspeito. Caso haja, não estacione no local;

- Ao estacionar na rua, seja breve ao sair do veículo;

- Verifique sempre se os vidros do carro estão fechados e as portas travadas quando estacionar;

- Ao parar nos semáforos, evite as faixas da esquerda, pois são as mais visadas pelos bandidos;

- Não deixe objetos à vista e evite deixar itens de valor que não serão úteis na folia no carro. Utilize o porta-malas para o que for necessitar levar;

- Evite exposição de objetos que identifique locais que frequenta ou mora, como adesivos de condomínio e academia, por exemplo;

- Evite dar carona a estranhos;

- Quem faz o mesmo trajeto todos os dias deve passar a utilizar outros itinerários. Ter outras rotas como alternativas também facilita no momento de despistar algum possível perseguidor;

- Evite se aproximar do veículo com as chaves à mostra;

- Se, ao voltar, encontrar alguém mexendo no veículo ou próximo de forma suspeita, não se aproxime. Busque ajuda.

Estratégia para transporte público:

- Evite ficar sozinho no ponto de ônibus;

- Procure os pontos de ônibus com mais iluminação e movimento;

- Deixe à mão o dinheiro, cartão ou bilhete para as passagens. Evite abrir bolsas, mochilas e carteiras em público;

- Mantenha bolsas e mochilas rentes e à frente do corpo;

- Evite dormir dentro do transporte público, pode haver alguém de olho em seus pertences.

Estratégia para bicicleta:

- Evite bicicleta ou acessórios na mesma que chamem muito a atenção. No entanto, personalize a bicicleta para uma fácil identificação, caso seja necessário;

- Caso tenha de estacionar em locais públicos, procure locais mais movimentados e bem iluminados a qualquer hora do dia. As grades e os postes devem estar bem firmes no chão;

- Mesmo que deixe a bicicleta em estacionamento, use correntes, cadeados, travas;

- Esqueça as correntes e cadeados comuns. Opte pelas correntes de cabo de aço, por serem mais resistentes;

- - Nunca deixe a bicicleta encostada do lado de fora de estabelecimentos comerciais porque vai fazer algo rapidinho e voltar em instantes. Não dê oportunidade aos bandidos!

ESTRATÉGIA DA FOLIA

- Antes de viajar, os turistas devem se informar sobre a estrutura do evento: onde serão instalados os postos médicos, policiais e de atendimento a visitantes;

– Identifique as crianças de modo visível e, se possível, tire uma foto da criança antes de sair com a roupa que irá usar na folia;

- Evite acompanhar estranhos ou estranhas a supostos locais de diversão, festa, baile, samba, churrasco, desfile ou outro evento que você nem imagina onde é e muito menos o que irá encontrar;

- Evite ser uma ‘presa’ fácil, cuidado com supostas propostas ou convites para uma noitada muito bem acompanhado em hotéis, casas noturnas, clubes privês, ou apartamentos de veraneio;

- Evite comentar em público o hotel e nº do quarto em que está hospedado;

- Marque locais onde o grupo possa se reunir no caso de se perderem, um ponto de encontro torna muito mais fácil reunir a turma após a multidão passar;

- Ande sempre em grupos e evite locais desertos, principalmente à noite. Mulheres são muito visadas, por isso, evite sair sozinhas;

- Não se envolva em brigas ou tumultos, afinal, Carnaval é para se divertir;

- Não aceite convites de estranhos para sair da folia, por mais irrecusável que a proposta seja;

- Os camarotes são os lugares mais seguros, mas é importante saber a hora de chegar e sair deles;

- Mantenha seus objetos (celular, carteira, bolsa) à frente de seu corpo;

- Fique atento às pessoas que estejam ao seu redor;

- Compre ingressos para desfiles, camarotes ou eventos somente nos locais oficiais.

ESTRATÉGIA DE DINHEIRO

- Não saía para a folia com objetos de valor, como joias, relógios e celulares. Tenha apenas o documento de identidade, o cartão do plano de saúde, dinheiro para pequenos gastos e muita disposição para brincar;

- Tenha dinheiro separado para pequenas despesas; 

- Cuidado com esbarrões e empurrões aparentemente acidentais;

- Deixe talões de cheques e cartões de crédito em casa, leve apenas o dinheiro trocado que pretende gastar, ou seja nada de exageros;

- Para evitar assaltos em terminais de auto-atendimento, calcule antecipadamente o dinheiro de que necessitará, e saque antes do Carnaval;

- Se gastar mais do que previa e tiver de ir a um terminal de auto-atendimento, não o faça à noite. E utilize locais seguros, como hipermercados.

ESTRATÉGIA DE SAÚDE E SEGURANÇA

– Observe sempre onde há policiamento;

– Elejam, para todos os dias de folia, quem será o “amigo da vez”. O escolhido terá a missão de vigiar os demais e zelar pelo bem-estar da turma;

 - Quem alugar uma casa perto das regiões de desfile, deve contratar um segurança habilitado para ficar no local 24 horas, e garantir a sua proteção. Assim, a única preocupação será se divertir;

- Verificar se há a necessidade de tomar alguma vacina especifica para região ou se há alguma epidemia ou surto na região de destino;

- Use sempre preservativos durante relações sexuais; 

- Utilize roupas leves e confortáveis, especialmente seu calçado; 

- Beba muita água; 

- Nunca namore dentro do carro parado em via pública ou local ermo;

- Evite locais perigosos e de conhecida violência;

- Informe sempre sua família sobre onde e com quem você vai estar.

ESTRATÉGIA DE BEBIDAS

- A melhor opção para quem vai beber é dividir um táxi com amigos. Para um grupo grande, é melhor contratar um veículo tipo lotação. Fica mais barato e o grupo pode acertar a hora em que o motorista buscará seus integrantes;

- Beba de forma consciente. Evite bebidas em excesso; 

- Não dirija após a ingestão de bebidas alcoólicas; 

- Não aceite bebida de pessoas que você não conhece; 

– Não beba nada do copo de desconhecidos e nem descuide de sua bebida;

- Não compre latas de cerveja ou refrigerantes que estejam danificadas, perfuradas, ou com o lacre violado, você não sabe o que podem ter colocado lá dentro;

- Beba somente água mineral e certifique-se de que a garrafa estava realmente lacrada antes de você abri-la.

ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO

. - Ande sempre com uma lista de telefones úteis, como os da delegacia mais próxima e de hospitais de plantão. É bom, também, carregar um cartão com um telefone para contato, e o nome de um hospital para onde você seria levado, em caso de acidente;

- Em caso de assalto, procure manter a calma e não reaja, nem faça movimentos bruscos. Fale somente o que for perguntado e sinalize cada movimento a ser realizado: “vou pegar a carteira”, “vou passar o celular”, e assim por diante;

- Se encontrar uma criança perdida chame um policial;

- Caso sofra ou testemunhe algum delito, avise imediatamente a ocorrência utilizando o 190 ou comunicando o fato a policiais que estejam por perto.


Saudações estratégicas.
DEIXE SEU COMENTÁRIO E SUGESTÕES
ENTRE EM CONTATO E RETIRE SUAS DÚVIDAS!

Cesar Costa
Especialista em Estratégia de Resposta
Email: cesarcosta.job@gmail.com

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

QUARTA ETAPA – ANÁLISE DOS SEGMENTOS DEFINIDOS


Esta etapa visa identificar as principais situações de sensibilidade existentes nos segmentos do Plano de Emergência, e avaliar o potencial de vulnerabilidade que pode ser gerado pelos riscos existentes no local estudado. Ela irá mapear as áreas de ocorrência associadas ao recurso natural envolvido, e construir indicadores que permitam integrar esta dimensão dos estudos aos seus demais componentes.

É uma etapa dos estudos onde a incorporação de informações provenientes dos contatos diretos, entrevistas e reuniões com os responsáveis diretamente envolvidos com a situação proposta. Devendo, portanto, ser marcada por mapeamentos de campo, tanto no que diz respeito ao levantamento de informações georeferenciadas das regiões afetadas, quanto pelo resgate de relatos de incidentes similares ou treinamentos anteriores realizados no local.

A partir das informações preliminares sobre a situação dos Plano de Emergências, deverá ser elaborada a minuta de estudo do caso a ser dado à Análise da Simulação dos Eventos decorrentes.

1 Mapeamento

Na etapa será realizado um levantamento das vias de acesso e das características físicas dos locais, avaliando a viabilidade das técnicas possíveis para os segmentos, assim como o mapeamento das entidades de representação relevante para compor a logística do atendimento. Serão cadastrados os movimentos sociais de moradores, pescadores e comunidades vizinhas. Para esta fase inicial deve-se realizar um levantamento de campo, onde serão sido contatadas as principais entidades identificadas, estabelecidos os primeiros contatos e entrevistas com comunidades diretamente envolvidas na região.

Esta atividade se inicia, no retorno do levantamento preliminar de campo, pela análise dos documentos e dados obtidos e pela sistematização das pesquisas e observações realizadas.

A análise que se pretende realizar estará centrada em três eixos:

Mapeamento dos atores existentes (recursos envolvidos):
Abrangência da atuação;
Escopo das ações;
Demandas.

Identificação de “facilidades e obstáculos”:
Principais facilitadores para atendimento de resposta;
Principais obstáculos para atendimento de resposta;
Fatores a serem considerados durante o processo.

Identificação de logística local para atendimento:
Existência de comercio para conseguir recursos.

Alguns dados serão particularmente relevantes para o mapeamento do Plano de Emergência e das demandas geradas na estratégia, tais como a existência de áreas protegidas ou de exploração econômica.
Dentre os documentos que se busca obter com as pesquisas, alguns adquirem particular relevância, não só por seu conteúdo, em termos de caracterização do Plano de Emergência e fonte de dados, são eles os mapas de sensibilidade, vulnerabilidade e as simulações de deriva existentes.

2 Metodologia para coleta de dados

Na prática o procedimento de criação de mapas consiste no desenho/coleta de trajetos (tracklogs) e pontos (waypoints), e na formatação destes dados para que o ArcGIS posteriormente os transforme nas entidades dos mapas.




Os tracklogs serão os responsáveis pelas entidades do mapa em forma de linha (rios, ruas, estradas, ferrovias, etc.). Os tracklogs também formarão as entidades de área (lagos, oceano, áreas metropolitanas). As entidades de área nada mais são que tracklogs fechados em si mesmos (polígonos) preenchidos por uma cor.
Para desenhar uma rua no mapa necessita-se de um tracklog com o formato e posicionamento real desta rua. Já para desenharmos um lago, por exemplo, precisa-se de um tracklog que represente o contorno deste lago.

Já os waypoints, como são pontos, definirão as unidades pontuais do mapa, como cidades, restaurantes, pontos turísticos e tudo que possa ser resumido a um ponto com um nome.

Para efeito de metodologia de coleta de dados, vamos tratar primeiro de como coletar os tracklogs, ou seja, como fazer o levantamento das ruas, etc.

Existem três maneiras básicas de obter estes tracklogs:

a) A primeira delas é conseguir estes tracklogs já prontos, a partir de arquivos que tenham sido criados a partir de levantamentos topográficos;

b) a segunda maneira é pegarmos um aparelho GPS e percorrermos as ruas, por exemplo, registrando o tracklog na memória do aparelho para posteriormente usarmos como dados;

c) e a última consiste em digitalizar mapas precisos de determinada área. Este procedimento consiste em escanear uma carta ou mapa, calibrá-la e traçar os tracklogs a partir das entidades visíveis neste mapa.

2.1 O DATUM (sistema de referência) a ser usado

Para não haver confusão todos dados precisam falar a mesma língua. E a língua em georreferenciamento é o datum.
Datum é uma superfície de referência que se assemelha com a forma da Terra, onde são projetados os acidentes geográficos relevantes do terreno para fins de posicionamento e confecção de mapas e cartas. Neste manual nos resumiremos a definir o datum padrão para o intercâmbio de dados entre os técnicos.

Existem centenas de datum disponíveis no mundo. O datum usado oficialmente no Brasil é o SAD69. Entretanto existem ainda no Brasil cartas como o datum “Córrego Alegre”, “Aratu” e o “Astro Datum-Chuá”.

Os principais programas e GPS são preparados para operar com diversos datum. Entretanto, o padrão para estes sistemas é o WGS84, principalmente no intercâmbio de arquivos, visto que este datum foi convencionado internacionalmente para ser o sistema padrão para esta tecnologia.

Por isso, a Estratégia de Resposta da HDG adotou como datum padrão para o intercâmbio de dados entre os técnicos o WGS84.
Mais adiante será visto como proceder com o datum em cada uma das operações de geração dos mapas.

2.2 Validando dados oriundos de pesquisas

Ao usar dados coletados por terceiros (monografias, relatórios, mapas, documentos, etc.) para alimentação do BDG é preciso validar que estes dados são confiáveis, ou seja, que foram coletados de maneira a garantir uma qualidade razoável.




Para garantir a qualidade é preciso buscar detalhes na página da internet onde foram conseguidos ou consultar o gerador das informações. Critérios de bom senso devem ditar a escolha entre usar os dados ou não.

Os dados não são confiáveis se:

a) o datum dos dados não houver sido informado;

Se o datum não foi informado, não devem ser usados, pois se pode estar alimentando a base com dados altamente imprecisos. Isso é regra básica.

Normalmente as fontes confiáveis informam o datum aos quais os dados se referem.

Arquivos originados de programas georeferenciados carregam o datum dos dados nele contidos.

Uma vez tendo o conhecimento do datum dos dados eles podem ser controlados. Eles não precisam ser obtidos em WGS84, eles podem estar em outro datum, mas podem ser convertidos de um para outro, conforme assim seja preciso.

b) a fonte dos dados não houver sido informada

“Se não souber a fonte da água que bebe como saberá se ela é boa?” Isso também vale para os dados que forem fornecidos.

c) se ao utilizar os dados for verificado que geram imprecisões a ponto de confundir o mapa quando aproveitados
Para testar os dados compare-os com outros confiáveis já conhecidos, como pontos, ruas, etc. Se houver diferenças muito grandes devem ser descartados ou corrigidos, se assim for possível.
Cabe fazer uma ressalva. Dependendo da utilização prevista para este dado ele pode ser muito impreciso ou não. No traçado de uma estrada em um mapa de escala muito pequena, por exemplo, um erro de 20 a 50 metros não causa tantos transtornos para aquele mapa. Já para utilização em um mapa detalhado em escalas maiores, um erro de 50 metros é inaceitável, pois pode confundir e levar a decisões equivocadas na criação da estratégia.

2.3 Coletando dados com o uso do GPS

Para coletar dados com o GPS, precisa-se de três coisas:

a) primeiro conhecer bem o aparelho

Estudar bem o manual do aparelho, aprendendo o significado de seus termos e sabendo como operá-lo de forma eficiente. Para isso a HDG disponibiliza treinamento para seus técnicos e operadores.

b) ter uma metodologia de coleta e classificação

Planejar e controlar as coletas. Será preciso ser sistemático. Planejando como percorrer as entidades da sua área de interesse, como identificar o nome destas entidades e como atestará a validade destes dados posteriormente.

c) levar em conta o erro do GPS

Dependendo da cobertura dos satélites naquele momento e naquela área em que está sendo feito o levantamento o erro pode variar de poucos metros a dezenas de metros. Os GPS mais comuns informam esta precisão por um parâmetro chamado EPE, em metros, que na prática é o raio de um círculo onde o GPS é incapaz de determinar com precisão onde realmente está dentro deste círculo.

Observe o EPE do GPS durante a coleta de dados. Se este EPE ficar muito grande você provavelmente terá que descartar os dados daquele trecho. É preciso desenvolver o senso de como avaliar seus dados de acordo com o EPE e com o objetivo da coleta de dados.


Saudações estratégicas.

DEIXE SEU COMENTÁRIO E SUGESTÕES

ENTRE EM CONTATO E RETIRE SUAS DÚVIDAS!


Cesar Costa

Especialista em Estratégia de Resposta

Email: cesarcosta.job@gmail.com



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

TERCEIRA ETAPA - AVALIAÇÃO AMBIENTAL PARA SEGMENTAÇÃO




Na fase da Avaliação Ambiental para Segmentação, os impactos ambientais resultantes dos Plano de Emergências propostos serão analisados com base em informações concretas. Considerando os critérios decorrentes desta análise, será avaliada a suscetibilidade dos segmentos (subáreas), confrontando sua fragilidade ambiental com a estratégia planejada.



Cada segmento deve incorporar os conceitos de impactos relativos ao Plano de Emergência, verificando inclusive sua espacialização.




Nesta fase também serão definidos os principais parâmetros analíticos que vão compor a formação das estratégias. As atividades descritas serão realizadas, tendo em vista propor a segmentação da área do Plano de Emergência, a partir da integração das informações na Base de Dados Georeferenciada (BDG), da definição de parâmetros de hierarquização e de análise multicritério para a estimativa de estratégia.



1 Definição Preliminar dos Segmentos




O principal objetivo desta atividade é facilitar o desenvolvimento posterior da etapa de criação de estratégia de resposta, permitindo a elaboração de táticas conforme as características de cada segmento. Ela não deve, no entanto, mascarar a análise da estratégia global do Plano de Emergência, objetivo principal de se estabelecer isto no Plano de Atuação.



Aborda-se um conjunto de critérios que, combinados ou não, melhor representem os aspectos de cada segmento do Plano de Emergência. Entre os critérios que deverão nortear a subdivisão dos segmentos do Plano de Emergência, destacam-se os relacionados a seguir.



1.1 Aspectos Relativos à Vulnerabilidade



Os mapas de vulnerabilidade indicam os pontos onde o perigo da contaminação é eminentemente maior.



As áreas com maior possibilidade de ser atingidas devem compor segmentos afins para que sejam criadas estratégias especificas para estes locais.



1.2 Aspectos Relativos à Sensibilidade



Os mapas de sensibilidade (cartas SAO) fornecem a sensibilidade da região afetada e devem ser considerados na definição dos segmentos.



Cada região com sensibilidade similar deve ser considerada na definição dos segmentos para que os estratagemas criados sejam eficazes em todo segmento.



1.3 Aspectos Técnicos Operacionais



As características operacionais devem também ser observadas na definição dos segmentos.



Considerar que cada segmento deve ter sua estratégia operacional especifica, divididas em áreas bem definidas de atuação.



Outro fator relevante é a determinação de distâncias tecnicamente viáveis para montagem de estratégias para cada segmento. Levanto em conta os acessos, viabilidade estratégica e disponibilidade de recursos.



Além do mais, distancias menores nos segmentos viabiliza acionar a estratégia montada para a área, assim que a possibilidade de contaminação se apresente naquela região especifica, sem o risco de haver dimensionamento excedente de material. A cada novo segmento sob risco se aciona sua estratégia indicada.



2 Metodologia para Segmentação




PASSO 1: Gerar os Vértices dos Segmentos



Realizar a marcação dos geocentros, ou pontos centrais da cada segmento correspondente aos quais, para efeitos do estudo, apresentam sensibilidade similar para atuação com os mesmos estratagemas definidos;



PASSO 2: Os Arcos do Segmento e a Matriz de Distâncias



Determinar as distâncias entre os geocentros determinados no passo anterior e formar a matriz de distâncias entre as diferentes sensibilidades encontradas;



PASSO 3: Avaliação do Ponto Zero



No caso de um estudo da análise do local onde teve inicio o vazamento, há que identificar qual o impacto provocado em primeira instância na sua origem e suas implicações no segmento ao qual está posicionado, prevendo ações de contenção do ponto zero, respeitando as características do seu segmento e seu respectivo geocentro, e seguir ao Passo 5;



PASSO 4: Modelagem Evolutiva do Incidente



Na fase de evolução do incidente, a modelagem proposta deve ser aplicado no mapa de vulnerabilidade, usando-se métodos exatos ou heurísticos, de modo a obter uma divisão de segmentos de sensibilidade uniforme com seus respectivos geocentros, medindo os impactos conforme a sua similaridade. Caso não haja um mapa de vulnerabilidade disponível, viabiliza-se uma estimativa de comportamento conforme informes conhecidos da região para modelagem da evolução;



PASSO 5: Interpretação e Estimativa das Estratégias



A partir do impacto previsto no incidente proposto pelo Plano de Emergência em estudo, seja a projeção inicial (Passo 3), sejam as projeções subsequentes (Passo 4), determinam-se as respectivas estratégias de atuação, de acordo com a possibilidade ambiental. Para cada aspecto do segmento criam-se as táticas específicas que irão compor o estratagema do segmento escolhido. A demanda resultante deve ser comparada com a capacidade logística de atendimento;



PASSO 6: A Validação dos Dados



A formalização das estratégias sugeridas pelo estudo passa antes pela validação dos dados usados e pelas conclusões alcançadas. Em particular, as regiões com maiores discrepâncias devem ser visitadas e as anormalidades investigadas no levantamento de campo.

Saudações estratégicas.
DEIXE SEU COMENTÁRIO E SUGESTÕES ENTRE EM CONTATO E RETIRE SUAS DÚVIDAS!

Cesar Costa
Especialista em Estratégia de Resposta
Email: cesarcosta.job@gmail.com