segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

SEGUNDA ETAPA – CARACTERIZAÇÃO SÓCIOAMBIENTAL

A Fase de Caracterização tem seu foco na necessidade de elaborar uma estratégia de atuação para o Plano de Emergência em estudo, tentando identificar as áreas social e ambientalmente mais sensíveis às intervenções de combate, e já tentando antever os principais impactos associados ao risco. 



Para atingir os objetivos a Caracterização segue as seguintes diretrizes:

a) Identificar os aspectos sociais, ambientais e econômicos relevantes ao local do Plano de Emergência;
b) Selecionar indicadores adequados para cada tema a ser avaliado, visando uma caracterização socioambiental geral e abrangente da área de estudo; 
c) Obter as informações necessárias, incluindo consultas a bases de dados, estudos ambientais, avaliação da literatura científica, levantamentos de campo, relatórios de treinamentos e simulados;
d) Sistematizar espacialmente as informações obtidas em mapeamentos temáticos, na Base de Dados Georeferenciada, permitindo seu uso nas etapas posteriores através de sobreposição de mapas e análises multicritério, permitindo que as informações mapeadas sejam utilizadas na análise da viabilidade das técnicas que irão compor a estratégia; 
e) Analisar o comportamento espacial das informações, resultando na identificação de segmentos espaciais de estudo, principalmente para regiões muito extensas e complexas, quando sua utilização facilitar a identificação temática ou a integração de temas, e por consequência a percepção de fragilidades ou sensibilidades;
f) Descrever o contexto socioambiental do Plano de Emergência de um ponto de vista macrorregional, inclusive com a identificação inicial dos principais conflitos encontrados, e dos indicadores e variáveis que irão definir a sensibilidade ambiental.

A caracterização ambiental deverá propiciar a identificação dos temas mais relevantes para a avaliação de impactos ambientais e para o estudo de Plano de Emergências prospectivos. Devendo-se levar em conta não apenas os aspectos socioambientais relativos à área estudada, mas, sempre que pertinente, seus reflexos em processos macrorregionais com que os empreendimentos estudados se relacionam mais significativamente.

Da mesma forma, os conflitos identificados nessa etapa estarão principalmente voltados para a escala regional, mas também podem se referir as escalas locais ou macrorregionais, na medida em que sejam importantes para a tomada de decisão, tendo em vista os interesses estratégicos.

Nessa etapa pretende-se, portanto, obter:

a) A identificação das questões socioambientais relevantes (processos socioambientais existentes);
b) A identificação das tendências evolutivas das questões socioambientais relevantes e sua abrangência espacial;
c) A identificação dos agentes sociais envolvidos em cada uma das questões socioambientais e conflitos relevantes; 
d) A identificação das unidades espaciais de análise;
e) A identificação dos principais processos impactantes do Plano de Emergência.

Definição dos Estudos Temáticos




Esta atividade parte de uma avaliação prévia dos impactos ambientais do Plano de Emergência em estudo, identificando os aspectos socioambientais que tem influência e em que grau de profundidade, para que o conhecimento possa auxiliar na elaboração de uma estratégia de resposta. Ela deve levar ao conhecimento dos impactos ambientais que podem, teoricamente, apresentar obstáculos no rumo ao objetivo esperado, seja ele de contenção, recolhimento, proteção ou mesmo limpeza da área. Deve estabelecer uma rede simples de efeitos que se acumulam entre as técnicas a serem adotadas e as características do meio onde serão praticadas.

Esta atividade, que é uma sequência da primeira fase, ao elaborar uma matriz preliminar de impactos ambientais de local do Plano de Emergência em estudo, gerando uma primeira listagem dos temas indispensáveis, sendo realizada através de pesquisas realizadas pela equipe técnica, buscando aprofundar a pertinência dos temas pré-selecionados. Definindo o escopo de cada estudo temático e determinando a viabilidade de obtenção de informações, podendo gerar as devidas reformulações. Deverá ser dada especial atenção à adequação das informações a serem levantadas às necessidades do Modelo de Simulação de Plano de Emergências e a Base de Dados Georeferenciada.

De forma preliminar, foi estabelecido o escopo mínimo para cada área temática, conforme apresentado a seguir. 

Estudo da Localização

Estudos de localização dos Plano de Emergências exigem o conhecimento da distribuição geográfica da região. Essa distribuição é tipicamente anárquica, pois dependem de padrões ambientais, urbanísticos e condicionantes econômicos, culturais, políticos e topográficos reinantes em cada região. Para facilitar estudos analíticos, a simplificação mais frequente consiste em descriminar a região de acordo com os graus de sensibilidade, que são pequenas unidades geográficas definidas pelas cartas SAO. Nas áreas de influência, cada setor consiste em trechos com sensibilidade semelhante, de modo que os técnicos consigam identificá-las e coletar as informações. Para cada segmento, dados sociais e ambientais são pesquisados, incluindo as forças de influência para a estratégia, padrões de comportamento sazonais e diversos outros indicadores. 

Elemento básico da análise é a área de influência de cada Plano de Emergência. Essas áreas podem ser determinadas por diversos métodos, como os círculos concêntricos, que seriam os mais intuitivos, o diagrama de Voronoi, o método da bolha, que corresponderia aos círculos concêntricos, mas sem interseções, a p-mediana e assim por diante. 

A experiência tem mostrado que estudos sobre localização dos Plano de Emergências devem ser decompostos em duas fases, a saber:

1) Avaliação da localização do Plano de Emergência; e
2) Análise da localização evolutiva (deriva) da mancha.
A primeira fase, avaliação da localização atual consiste basicamente em tomar os Plano de Emergências e identificar suas respectivas áreas, ou seja, as áreas em que, pelo critério regional, eles estão situados. Com isso, é conhecida a presente característica de cada Plano de Emergência, pode-se comparar a demanda logística para atendimento com a capacidade necessária. 

Quanto à segunda parte do estudo, a localização evolutiva da mancha, ela é obtida pela análise das forças de influência do local, somada ao comportamento do produto vazado. Entretanto, a experiência sugere que, além do material acadêmico que possa ser adquirido a respeito das forças de influência do local do Plano de Emergência em estudo, a análise da evolução leve em conta informações dos profissionais que atuam ou tem alguma experiência de atuação no local do Plano de Emergência. Naturalmente, o estudo permite diagnosticar se o comportamento esperado da mancha corresponde à estratégia prevista para atuação.

Cabe ressaltar que, para efeitos estratégicos, a proposta de evolução da mancha inclui procedimentos para conciliá-la com a estratégia de primeira resposta existente, não ignorando seus efeitos em cadeia, com os danos a serem causados em sua evolução. Esse procedimento de análise passa da seguinte forma: a localização evolutiva produz algumas zonas de abrangência, ou segmentos para atendimento. Alguns desses segmentos podem já conter um ou mais estratagemas previstos com atividades conhecidas, sugerindo que a atividade conjunta seja entendida como a estratégia daquele segmento. A partir daí o mesmo estratagema pode ser usado para atender as áreas com igual grau de sensibilidade em segmentos diferenciados.

Com as considerações acima, a metodologia desenvolvida, incluindo a fase de avaliação do Plano de Emergência e de segmentação, é constituída por seis passos. Esses estão descritos abaixo e, logo após, sucedidos por comentários decorrentes de seu uso prático.

Estudos da Caracterização da Área Contaminada

Como pode ser observado, após o mapeamento da localização do ponto zero, a caracterização da área é a primeira etapa na estratégia de seleção da alternativa mais adequada para a resposta na área suspeita de contaminação. Os resultados dessa etapa serão utilizados na decisão para a seleção da estratégia do segmento e dependem da obtenção e avaliação de dados representativos da área suspeita de contaminação. Com esses dados será possível avaliar o potencial de contaminação da área.

A caracterização da área está relacionada com o conhecimento da área, propriedades dos corpos hídricos de interesse e dados do vazamento, ou seja, tipo de produto, concentração e sua distribuição na área impactada. Além disso, as condições da superfície do solo na área impactada e em seu entorno também devem ser consideradas.

Estudos dos Produtos Vazados

O estudo das características do vazamento pode ser descrito pelas variáveis: produto, volume, área impactada e estado físico do material.

Os produtos típicos da indústria do petróleo (atividades de exploração e produção, refino, transporte e distribuição do petróleo) são: óleo marítimo, diesel, gasolina, borra oleosa, querosene de aviação (QAV), óleo combustível, além do petróleo cru.

Estudos Climáticos

Os dados que podem ser pesquisados com relação ao Plano de Emergência são: classificação climática, pluviosidade (precipitação média mensal, média anual, variação pluviométrica, meses com mais chuvas e mais secos, além do período de chuvas intensas), temperatura (média mensal, anual, variação térmica, meses mais quentes e mais frios), evapotranspiração (potencial e real, média mensal e anual) e balanço hídrico.

Os estudos climáticos são realizados com base em informações secundárias que podem ser encontradas na internet, utilizando as seguintes fontes: CPTEC, ANEEL, ANA, DNM/INMET, CRA, SIMCE, EMBRAPA, etc.

Estudo dos Recursos Hídricos Superficiais




Este estudo deve ser realizado em razão do Plano de Emergência, observando duas possibilidades distintas:

Perigo iminente de contaminação do curso d’água

Em todos os Plano de Emergências em que o vazamento não ocorre diretamente no corpo hídrico, a proteção dos cursos d’água existentes nas proximidades passa a ser uma das prioridades.

A existência de um sistema de contenção (drenagem) ou dique na área impedindo que o produto vazado na superfície da área chegue ao curso d’água (água superficial). Esse tipo de situação representa um menor potencial de contaminação da água superficial, característico de uma situação com impermeabilização ou contenção completa (existência de uma drenagem ou dique projetado, por exemplo). A existência de barreiras naturais (árvores, drenos naturais, por exemplo) representa uma impermeabilização ou contenção parcial e, em não existindo as situações anteriores, a área é caracterizada como pouca ou nenhuma impermeabilização nem contenção.

A distância ao curso d’água representa a probabilidade de que o produto vazado possa entrar em contato com o corpo hídrico mais próximo. Assim, quanto menor a distância entre o ponto onde ocorreu o vazamento e o corpo hídrico, maior o potencial de contaminação da água superficial.

A topografia da área e a localização do produto vazado no solo influenciam na contaminação da água superficial. A declividade mais acentuada do terreno e a localização do vazamento no solo (acima, abaixo ou na superfície do terreno) determinam o potencial de contaminação da água superficial. Quanto mais alta a declividade e o vazamento acima do nível do solo, maior o potencial de contaminação da água superficial (para uma mesma precipitação e escoamento superficial, quanto maior a declividade, menor será a percolação). Enquanto que uma declividade suave e o vazamento no nível do solo representam uma situação de menor potencial de contaminação da água superficial.

O potencial de escoamento superficial depende, diretamente, da precipitação pluviométrica e da permeabilidade da camada superficial do solo. Para alta precipitação e alta permeabilidade da superfície do solo, maior o potencial de contaminação da água superficial devido ao maior potencial de escoamento superficial dessa situação.

Contaminação direta do curso d’água

Nas situações previstas onde o vazamento ocorre diretamente no corpo hídrico, as maiores prioridades passam a ser retenção na origem do vazamento, proteção das áreas sensíveis mais próximas e contenção e recolhimento do produto já vazado.

Outra prioridade é a verificação dos riscos apresentados no local onde se apresenta o Plano de Emergência, ou seja, observação das limitações existentes para as embarcações atuarem e para os equipamentos serem utilizados.

As emissões no ar podem ser percebidas no entorno da área contaminada devido à volatilização dos compostos de menor peso molecular dos hidrocarbonetos. Se essas emissões estão sendo percebidas pela comunidade vizinha, ou seja, fora da área onde ocorreu o vazamento, maior será o potencial de contaminação.

Também não deve ser menosprezada a variável acesso ao local, o maior potencial de atendimento está diretamente relacionado à maior facilidade com que se pode ter contato com o vazamento, ou seja, em situação onde o mesmo esteja poluindo e a origem sem restrição de acesso.

Estudo dos Bens a Proteger

Em todo Plano de Emergência os locais a serem protegidos devem ser considerados, conforme a sensibilidade e a finalidade econômica.

Ver a existência de APA, zonas sensíveis e áreas de proteção são requisitos importantes para o êxito nas pesquisas para influenciarem na montagem das estratégias.

Os pontos de captação de água, de turismo ou mesmo de utilização econômica diversa podem criar a necessidade de se prever contato com os órgãos responsáveis para viabilizar ações em tais Plano de Emergências.

A atenção especial dedicada a estes locais vão garantir efetividade nos resultados esperados na estratégia a ser proposta. 

Estudo de Logística para Atuação

Os principais pontos logísticos, para apoiar ao atendimento nas estratégias, também devem ser observados.

Nas pesquisas podem ser analisadas listas telefônicas e a base de dados pré-existentes. De preferência sempre deve ser verificada a veracidade dos dados levantados neste processo.

O mapeamento de campo deve prever realização de levantamento logístico sempre que a base existente não for satisfatória, suficiente ou confiável.

Montagem da Base de Dados Georeferenciada 


A Base de Dados Georeferenciada (BDG) deve ser criada em um sistema e deve ser integrada em um geodatabase criado para este fim. Deve ser elaborada uma base cartográfica para posterior integração dos diversos temas de estudo. A base cartográfica para elaboração dos mapas do Plano de Emergência abrangerá rios, áreas sensíveis, estradas, dutos, povoados e núcleos urbanos, e deverá ser a mais atualizada possível.

A BDG integrará informações georeferenciadas, dados quantitativos diretamente associados a elementos de mapas e dados qualitativos associados através da definição de atributos.

A operação da BDG terá uma função de integração de todas as informações geradas ao longo do desenvolvimento dos estudos, tanto no que se refere às informações dos temas ambientais, que possuem uma representação direta na base cartográfica, quanto às informações espacializadas a partir de indicadores, que serão representadas em cartogramas. A espacialização de informações permite a representação gráfica e melhor organização dos dados, facilitando a consulta e a análise das informações.

A partir dos elementos que serão integrados a BDG na caracterização, serão definidos os indicadores que irão compor a base de dados para a análise multicritério. Esta terá metodologia especialmente adaptada ao ambiente de geoprocessamento, sendo conduzida de maneira metodologicamente clara e repetível. O processo de análise por geoprocessamento divide-se em cinco etapas básicas:

Definição dos objetivos das análises, efetuada pela equipe de técnicos envolvidos na caracterização ambiental dos temas sugeridos;

Preparo dos dados armazenados na base cartográfica digital para o processo de análise, convertendo-os em escalas padronizadas e ordenadas de acordo com cada objetivo;
Identificação dos objetos mapeados e atribuição dos níveis de sensibilidade, diretamente associados aos temas mapeados;

Processamento dos dados através de combinação linear e geração de mapas indicativos de adequação, sensibilidade e vulnerabilidade de aspectos ambientais do Plano de Emergência, de acordo com os diferentes objetivos propostos;

A operação da BDG terá uma função de integração de todas as informações geradas ao longo do desenvolvimento dos estudos, tanto no que se refere às informações dos temas ambientais, que possuem uma representação direta na base cartográfica, quanto às informações espacializadas a partir de indicadores, que serão representadas em cartogramas. A espacialização de informações permite a representação gráfica e melhor organização dos dados, facilitando a consulta e a análise das informações.

A partir dos elementos que serão integrados a BDG na caracterização, serão definidos os indicadores que comporão a base de dados para a análise multicritério. Esta terá metodologia especialmente adaptada ao ambiente de geoprocessamento, sendo conduzida de maneira metodologicamente clara e repetível. O processo de análise por geoprocessamento divide-se em cinco etapas básicas:

1. Definição dos objetivos das análises, efetuada pela equipe de técnicos envolvidos na caracterização ambiental dos temas sugeridos;
2. Preparo dos dados armazenados na base cartográfica digital para o processo de análise, convertendo-os em escalas padronizadas e ordenadas de acordo com cada objetivo;
3. Identificação dos objetos mapeados e atribuição dos níveis de sensibilidade, diretamente associados aos temas mapeados;
4. Processamento dos dados através de combinação linear e geração de mapas indicativos de adequação, sensibilidade e vulnerabilidade de aspectos ambientais, de acordo com os diferentes objetivos propostos;
5. Integração dos mapas indicativos com restrições ambientais, legais, geopolíticas ou econômicas, assim como com diretrizes operacionais para a contenção, proteção, recolhimento e limpeza. 

Esta última etapa mais carregada de subjetividade pela própria natureza das restrições e diretrizes é, também, parcialmente realizada a partir de uma derivação da combinação linear e modelada em mapas temáticos digitais.

Na próxima segunda-feira detalharemos a terceira etapa. 

Saudações estratégicas.
DEIXE SEU COMENTÁRIO E SUGESTÕES ENTRE EM CONTATO E RETIRE SUAS DÚVIDAS!

Cesar Costa
Especialista em Estratégia de Resposta
Email: cesarcosta.job@gmail.com

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

MAPEAMENTO PARA CRIAÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA


Dando continuidade ao post da semana passada, PRIMEIRA ETAPA - PLANEJAMENTO E ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO, estamos finalizando este tema com esta publicação.




1 Coleta

A coleta alimenta a base de dados para confecção dos mapas temáticos e subsidia as estratégias com observação de táticas adequadas e que reflitam especificamente ao Plano de Emergência em estudo.

A coleta de dados pode ser realizada de duas formas:

Indireta: Levantamento através de documentos, fotografias, mapas existentes e dados de pesquisas.

Direta: Levantamento no local do Plano de Emergência a ser avaliado, utilizando GPS, formulários de campo e observação dos técnicos.

No primeiro instante é realizado um reconhecimento preliminar da área, com os seguintes objetivos: caracterização ambiental e confecção das composições, além do reconhecimento das principais feições geodinâmicas. O mapeamento indireto fornecerá os subsídios para fisiografia das regiões do Plano de Emergência em estudo e o mapeamento direto finalizará qualquer dúvida restante.

1.1 Processamento

Consiste no processamento dos dados coletados, através de cálculos ou outra forma qualquer de manipulação, de maneira a produzir as informações que alimentam o plano.

A análise estará voltada para a avaliação da possível magnitude, importância e intensidade dos impactos, definindo-se, a partir desses componentes, a significância dos danos ambientais relacionados a cada situação existente, buscando-se avaliar a evolução destes impactos desde o momento inicial do Plano de Emergência até o momento final. Também será registrada a dificuldade de atuação (não-atuação ou atuação limitada) devido a obstáculos ou situações limitantes.

2 Levantamento

Entende-se como levantamento o registro dos dados relevantes para atendimento às estratégias para o Plano de Emergência em estudo. No levantamento é que são verificadas as características do caminho até os pontos notáveis.

Em alguns Planos de Emergência, os caminhos mapeados são também referidos como ‘itinerários’ ou, ainda, como ‘roteiros’ e são identificadas nos formatos de “Mapa de Trajeto”, “Rotogramas” ou mesmo nos mapas temáticos georeferenciados.

O levantamento de uma ‘rota’ considera os seguintes itens:
- as localidades compreendidas (definição do caminho);
- os horários de maior movimentação na utilização;
- os ‘trajetos alternativos’ possíveis de ser percorridos, por horário e por tipo de veículos;
- os respectivos ‘veículos’ que podem fazer cada um dos trajetos;
- os ‘pontos de acesso ao Plano de Emergência’ para montar formações, carregar equipamentos, etc.;
- as equipes, equipamentos e outras situações de transporte;
- os segmentos do Plano de Emergência atendidos;
- o estado da pavimentação das vias que compõe a rota.

Numa mesma rota podem circular vários veículos ao mesmo tempo, alternadamente, realizando diferentes trajetos e atendendo diversos pontos de acesso.

2.1 Composição Estrutural

Em termos estruturais (conjunto de elementos), um levantamento é configurado por um trajeto principal (“tronco”), por “galhos/ramificações”, “trechos” e “complementos do tronco”.

Tronco principal: é o caminho principal percorrido por uma rota. É a partir do qual geralmente os equipamentos são transportados. Pode conter ‘galhos’ou ‘ramificações’ e/ou ‘complementações’, considerados como atalho para veículos mais preparados ou mesmo para acessar a pontos estratégicos do Plano de Emergência.

Ramal/Galho/ramificação: é o trecho da rota utilizado pelos veículos para levar ou buscar equipamentos a partir de um tronco. Em geral, o galho/ramificação é caracterizado por um desvio de percurso que sai e retorna ao mesmo ponto de um tronco/rota. Mas pode haver exceções e a saída e retorno de um galho/ramificação ser realizada em pontos diferentes de um tronco.

Complemento de tronco: é uma variação do tronco principal utilizada em horários específicos ou por veículos diferentes daquele que foi objeto de levantamento. É a diferença de trajeto ocorrida em uma mesma rota.

Trecho do Tempos de Atendimento: é a parte do percurso da rota compreendida entre a Equipe de Atendimento e o local onde o KIT1 deve chegar para o primeiro combate. Em algumas rotas, o Trecho do Tempos de Atendimento chega a ser maior que o limite de raio para levar os equipamentos ao ponto inicial, estas situações exigem cuidados específicos no atendimento.

Por ocasião do atendimento ao Plano de Emergência, pode ocorrer que o ‘Trecho do Tempo de Atendimento’ esteja considerado no próprio ‘tronco’ do levantamento.

2.2 Tempos para Mobilização dos Recursos

Os tempos para mobilização dos recursos no Plano de Emergência devem levar em consideração a cronologia estimada dos eventos da contingência.

Os Planos de Emergência devem prever mobilizar rapidamente os recursos humanos e materiais, objetivando reunir esses recursos para o atendimento em tempo hábil para reduzir ao máximo possível os riscos da emergência.

Todo processo de exploração da área do plano em estudo deve ter como premissa básica a sua factibilidade, fundamentada na existência de meios reais ou passíveis de mobilização, dentro das condições de tempo e espaço avaliadas e levantadas no planejamento.

O tempo para mobilização de recursos deve ser o necessário e suficiente para apoiar o pronto emprego das equipes para enfrentar as situações iniciais previstas no plano. Após a avaliação inicial da emergência, a configuração da mobilização poderá ser complementada para garantir o apoio a operações que envolvam uma maior duração e/ou envergadura.

2.3 Elementos de Pontos

2.3.1 Pontos Notáveis

É cada um dos lugares que servem de referência, aqueles onde existam objetos a serem identificados, ex.: pontes, cancelas, porteiras, dutos, ponto zero, etc.

Um mapeamento pode conter, necessariamente, os seguintes tipos de pontos notáveis:

Ponto do Tempo de Atendimento Inicial: é o ponto destino, aonde o primeiro veículo (qualquer que seja sua natureza – terrestre ou hidroviário) deve chegar para avaliação da emergência e tomada das primeiras ações de resposta.

Ponto Zero: é o ponto origem da emergência. É o ponto onde o vazamento tem início.

Ponto Origem: local onde a equipe de atendimento está situada.

Pontos de Apoio Operacional: pontos onde podem ser colocadas formações de apoio a emergência.

Pontos de Apoio Logístico: pontos onde podem ser realizadas as tarefas de apoio logístico ao Plano de Emergência.

Pontos de Referência: pontos de interesse para localização por servirem de referência. 

Pontos de Acessos: pontos que possam conduzir aos locais definidos como estratégicos para o Plano de Emergência em estudo.

Pontos de Atenção: é todo e qualquer ponto capaz de chamar a atenção no caminho.

Pontos de Parada: é todo e qualquer ponto de um trajeto no qual seja feito algum tipo de parada, seja sinaleira, barreira eletrônica, pedágio, fiscalização da polícia.

Obstáculos: é todo e qualquer ponto que possa atrasar ou em algumas situações interromper o trajeto.

2.3.2 Objetos Notáveis

No mapeamento podem ocorrer alguns objetos notáveis de interesse para levantamento, tais como:

Ponte: Obra construída em aço, madeira, cimento armado etc. para estabelecer comunicação ao mesmo nível entre dois pontos separados por um curso de água ou qualquer depressão do terreno.

Viaduto: Via ou espécie de ponte apoiada em grandes arcos, geralmente de concreto ou aço, construída para transpor vales ou outras grandes depressões de terreno, ou para sobrepor-se a uma outra via (rodovia ou ferrovia).

Mata-burro: fosso construído à entrada de uma propriedade, geralmente dotado de um pontilhão de traves, dispostas paralelamente e espaçadas, que visa impedir a passagem de animais, sobretudo de equinos e gado bovino.

Colchete: porteira rústica feita com arame farpado esticado por mourões leves, fechada por um pau roliço cujas extremidades são enfiadas em argolas de arame.

Porteira: largo portão, não muito alto, que fecha a entrada de fazenda, sítio etc.; cancela. Podem ser de variados tipos de materiais. Não confundir com colchetes.

Local de descarga dos equipamentos: todo e qualquer local para descarga do tipo de veículo (pick-up, caminhão munck, barco, lancha etc.) que esteja sendo utilizado no Plano de Emergência para os serviços de transporte de equipamentos.

Semáforo: também conhecido popularmente como sinal, sinaleira e farol - é um instrumento utilizado para controlar o tráfego de veículos e de pedestre nas cidades. É composto geralmente por três círculos de luzes coloridas. 

Redutor Eletrônico: os famosos pardais, onde é obrigatória a redução de velocidade na passagem pelo mesmo.

Área de escape: é o espaço de circulação existente à margem da pista de rodagem dos veículos (estrada, caminho) que serve para que os motoristas possam parar ou estacionar sem causar problemas para o trânsito dos demais veículos. Nas áreas rurais estas áreas de escape podem ser determinadas por “entradas” na margem das estradas nas quais os veículos estacionam ou param liberando a passagem para outros veículos que porventura trafeguem pela mesma via.

2.4 Elementos de Linha

2.4.1 Itinerário

É cada caminho viário a ser percorrido para atender à logística de uma estratégia, podendo conter diversos desvios do tronco principal, observando os pontos de passagem para aproveitar ao máximo o veículo.

- Numa mesma viagem são possíveis vários itinerários diferentes.

- Para cada veículo há pelo menos um respectivo itinerário, conforme os objetivos estratégicos traçados.

- Ao longo do dia, um mesmo veículo pode atender a vários itinerários;

- Os itinerários podem diferir na ida e na volta.

- Os veículos podem trafegar por itinerários sobrepostos, em parte ou no todo.

- Em termos de estratégia, as diferenças entre itinerários dão origem a trechos complementares que serão levantados de modo específico.

2.4.2 Viagem

É a soma de todos os itinerários, de ida ou de volta. É cada um dos percursos de ida ou volta a ser realizados pelos veículos, desde a Equipe de Atendimento (geralmente do pátio de estoque de materiais ou local onde os equipamentos estejam alocados) até ao local de destino (geralmente o ponto zero ou algum dos pontos de apoio). As viagens também podem ser feitas com início diretamente dos fornecedores do material a ser transportado.

No levantamento para realização do mapeamento, prevê-se que a malha viária esteja coberta em seu tronco principal e inclusive sejam observadas as respectivas complementações (‘trecho do Tempos de Atendimento’, ‘galhos/ramificações’ e ‘complementos de tronco’).

2.4.3 Trajetos

Em cada programação de transporte, os trajetos comportam duas viagens (uma de ida e outra de volta). É cada um dos percursos a serem realizados pelos veículos para atendimento ao Plano de Emergência, em pontos estratégicos do atendimento. Um mesmo trajeto pode ser percorrido por várias equipes, com os mais diversos objetivos. 

2.4.4 Malha Viária

É o conjunto de trajetos (ruas, estradas e caminhos) pelos quais os veículos podem trafegar. Ele abrange todos os trajetos realizados pelos diferentes veículos dentro de suas características e limitações. Em termos estratégicos, o mapeamento visa principalmente o levantamento da malha viária para atender à logística da estratégia.

A malha viária é a soma de: ‘tronco principal’, ‘complementos’, ‘galhos/ramificações’ e, se for o caso o ‘trecho do Tempos de Atendimento’.

3 Produtos do Mapeamento

3.1 Caderneta de Campo

É o caderno de anotações entregue aos técnicos da equipe, destinado às anotações dos fatos e eventos não normais ocorridos em campo. Entende-se por fato/evento não normal àqueles que porventura criem algum tipo de dificuldade para o bom andamento dos trabalhos e/ou para o registro dos dados a serem coletados.

Por exemplo, serão registrados fatos tais como:

- comentários feitos pelos técnicos, observação dos equipamentos sobre procedimentos inadequados verificados no mapeamento;

- etc.

Os registros serão datados, ou seja, cada anotação corresponde a uma respectiva data.

A caderneta de campo será devolvida a Equipe de Consolidação do Plano de Emergência ao final do processo, com as respectivas anotações de campo.

No caso de o levantamento dar continuidade com outro técnico, a caderneta de campo será transferida junto com os demais materiais.

3.2 Rotograma

No Rotograma a leitura sempre é feita da parte inferior para a superior, alusiva ao defronte do motorista para o percurso. Para evitar que os problemas de algumas rodovias acabem em acidente, no levantamento de campo elabora-se o rotograma da rota tronco e das rotas alternativas cujo trajeto possa ser intensamente utilizado. Nesses casos, podem ser evitadas as estradas cujos problemas possam intervir no tempo de atendimento. Também podem ser excluídas da rota as vias ou áreas densamente povoadas ou de proteção. O rotograma ou roteiro linear inclui, ainda, o resumo das informações sobre a rota escolhida, como distância, tempo de viagem, velocidade média, quantidade de pedágios e descritivos das rodovias, como extensão dos trechos e tipo de pavimento. Outras informações importantes ao longo da rota também são classificadas, como as cidades mais próximas ao longo das rodovias – a prioridade é para cidades maiores –, além de dados sobre serviços e paradas ao longo da estrada, balanças, postos fiscais, polícia rodoviária e divisas estaduais. Tudo isso para que o veículo possa chegar ao destino da forma mais segura possível.

3.3 Mapa do Trajeto

O mapa do trajeto em setores não segue a escala real para apresentação, sendo sempre um diagrama esquemático de pontos importantes do percurso nas vias de acesso ao objetivo. Do percurso total, dividi-se em setores de importância para melhor representação e entendimento. Ao completar o trajeto de um setor, procede-se para o próximo setor até atingir o objetivo final. É popularmente conhecido também como “Mapa de Churrasco”.

3.4 Dados Georeferenciados

Na prática, o levantamento de campo consiste no desenho/coleta de pontos (waypoints) e linhas (tracklogs) no local do Plano de Emergência em estudo. Na formatação destes dados que a Equipe de Consolidação do Plano de Emergência cria a Base de Dados Georeferenciada para realizar as análises espaciais e confeccionar os mapas que irão compor a estratégia de resposta do Plano de Emergência crítico em estudo.

Trabalhos que envolvem o estabelecimento de estratégias de atuação em um local de interesse requerem um bom diagnóstico da área, o qual deve abranger a caracterização da região, bem como as inter-relações entre diversos fatores, possibilitando a compreensão de sua dinâmica. É grande a quantidade de informações necessárias para se chegar a uma estratégia realmente eficaz, bem como é difícil sua manipulação se não se dispuser de um sistema organizado e, preferencialmente, informatizado, que auxilie nessa tarefa. 

Os esforços no sentido de espacializar os dados são de fundamental importância a trabalhos aplicados e multidisciplinares, permitindo cruzar e integrar informações, e criar panoramas de situações reais ou de situações previstas, portanto, favorecendo o desenvolvimento de estratégias de resposta.

Na próxima segunda-feira falaremos da segunda etapa. 

Saudações estratégicas.
DEIXE SEU COMENTÁRIO E SUGESTÕES ENTRE EM CONTATO E RETIRE SUAS DÚVIDAS!

Cesar Costa
Especialista em Estratégia de Resposta
Email: cesarcosta.job@gmail.com

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

PRIMEIRA ETAPA - PLANEJAMENTO E ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO



As atividades desta etapa consistem na discussão das características regionais do local do Plano de Emergência, visando o entendimento comum da equipe técnica sobre os objetivos gerais do trabalho e os objetivos específicos de cada etapa de trabalho. Nela, busca-se o conhecimento das características do local para criação do plano, a definição de atribuições e responsabilidades da equipe técnica envolvida e a adequação e o detalhamento do cronograma do trabalho.

De modo a orientar as discussões visando o planejamento e a estruturação do trabalho, faz-se pesquisa dos recursos e das características básicas da região e um exercício de identificação das principais questões a serem levadas em consideração na estratégia. Realiza-se uma identificação, teórica e preliminar, dos potenciais impactos ambientais.

Tendo em vista a complexidade e a multiplicidade de elementos a serem observados para a cobertura dos diversos temas socioambientais, este estudo possui na multidisciplinaridade um importante princípio. Para obter melhores resultados na interação interdisciplinar serão realizadas consultas a diversas fontes de pesquisa, analisando de preferência estudos e monografias já realizadas a respeito do local, a fim de melhor definir os objetivos específicos do estudo, as estratégias e o detalhamento do Plano de Emergência a ser criado.




O período de realização das atividades desta etapa deve ser executado nos primeiros dias de vigência do projeto, se dividindo em 4 fases especificas:  Montagem e mobilização da equipe; Estudo do caso; Detalhamento metodológico e Mapeamento da área envolvida.

Montagem e Mobilização da Equipe Técnica

Os planejamentos dos trabalhos para a elaboração das estratégias indicam a necessidade de se contar, na montagem da equipe técnica, com os seguintes graus de responsabilidade:

I. Supervisão do projeto - responsável pelo conjunto de atividades técnicas e administrativas do trabalho.

II. Assistência do Projeto - responsável pelo acompanhamento e providências relacionados aos aspectos técnicos dos serviços.

III. Consultoria - responsável pelo apoio técnico ao projeto.

IV. Logística - responsável pelo apoio logístico ao projeto.

V. SMS - responsável pelo apoio nas questões de segurança, meio ambiente e saúde.

VI. Equipe de Campo - responsável por todas as informações de campo, suporte e acompanhamento dos levantamentos a serem realizados.

Entre as atividades técnicas a serem divididas entre as equipes consta:

a) Atividades de Elaboração dos Estudos, pesquisa de dados em publicações, na Internet e nos materiais técnicos disponíveis.

b) Atividades de Mapeamento e GIS, levantamento de coordenadas e dados para confecção de mapas e croquis que irão compor o Plano de Emergência.

c) Atividades de Apoio Técnico, ajustes das informações, geração de dados específicos e composição do documento final do Plano de Emergência conforme a CONAMA 398.

Cabe ressaltar que os técnicos que assumem responsabilidades específicas, em sua maioria, acumulam funções, além de exercerem atividades técnicas na realização dos estudos.

O ideal é obter um grupo coeso, com um cronograma que garanta pleno controle de todas as atividades a serem desenvolvidas, capaz de manter uma dinâmica sistemática de reuniões de trabalho. No decorrer das atividades, outros técnicos especialistas podem ser mobilizados a prestar consultoria às atividades do grupo, sempre que necessário.

Estudo do Caso

Conforme os dados disponíveis da região em estudo, com as informações constantes nas hipóteses de risco de incidente, serão realizados os estudos do caso para avaliação inicial do plano.

Os dados gerados pelo estudo do caso nortearão as pesquisas iniciais e vão gerar subsídios para o planejamento do levantamento de campo na região.

Algumas análises devem ser realizadas para garantir êxito neste processo:

Análise da Construção: avaliação dos principais termos e variáveis do local sob risco para que se saiba exatamente o que se quer pesquisar. Este passo é composto da avaliação da região indicada e dos produtos ou situações envolvidas nos riscos. 

Análise da Evolução: avaliação do relacionamento causal que explique as conseqüências esperadas no comportamento do hipotético risco com a sensibilidade e a vulnerabilidade esperada no local. Análise das fontes do problema (causas) refletindo nas situações conseqüentes (efeitos). Testando a coerência entre as proposições iniciais, desenvolvimento e resultados encontrados.

Análise da Abrangência: avaliação da região sobre a qual as conseqüências podem ser relacionadas. Testando a coerência entre os achados do estudo na região do plano, vendo a possibilidade dos resultados serem também aplicáveis aos arredores expostos. 

Análise da Confiabilidade: avaliação do estudo realizado, vendo outras possibilidades e verificando se obtém resultados assemelhados. A Minuta do Estudo do Caso do Plano de Emergência e a base de dados do estudo são fundamentais para verificação da confiabilidade. 

1. Preparação

Para realizar o Estudo do Caso eficaz serão formuladas boas questões com interpretação das respostas. É necessário ser adaptativo e flexível sem perder o rigor – não ter receio, se necessário, escolher outros aspectos, coletar outras informações, ou decidir refazer o “design”. Adquirir grande conhecimento sobre o local onde o cenário foi proposto é vital neste processo. Os dados coletados serão sempre bem documentados.

A Minuta do Estudo do Caso é a versão inicial do Plano de Emergência, contendo as informações iniciais da pesquisa. A função da minuta é gerar um documento inicial de trabalho servindo como guia ao longo das atividades do estudo.

Como os dados são coletados sob condições não controladas, isto é: em contexto real, adapta-se o plano de coleta de dados às informações das pesquisas realizadas. Em outras palavras, as informações serão introduzidas ao plano em estudo, e não ao contrário, como ocorre com estratégias de pesquisa em condições controladas. 

2. Fontes de Pesquisas

Documentos: a pesquisa documental pela Internet constará no plano de coleta de dados. Cartas náuticas, monografias, comunicados, agendas, planos, pesquisas, relatórios, estudos, jornais etc. O material coletado e analisado é utilizado para complementar pesquisa de outras fontes e/ou acrescentar informações. Por isso, é importantíssimo tentar extrair das situações as razões pelas quais os documentos foram criados. Os documentos podem fornecer “pistas” sobre outros elementos.

Registros de Incidentes ou treinamentos anteriores são outra fonte de pesquisas. Os documentos gerados de treinamentos e experiências anteriores constituem uma excelente fonte de pesquisa de um Estudo do Caso. Trata-se de relato dos incidentes, treinamentos ou simulados realizados na área e, portanto, retratam as características estratégicas do local. Quando possível, deve-se analisar relatórios e imagens destes eventos.

3. Princípios para Pesquisa: 

Usar múltiplas fontes de pesquisa: Permite o desenvolvimento da avaliação em várias frentes – analisar vários aspectos em relação ao mesmo fenômeno. As conclusões e descobertas ficam mais consistentes e apuradas já que advém de um conjunto de informações. 

Desenvolver, ao longo do estudo, um banco de dados: Embora em pesquisas a separação entre a base de dados e o relato não seja facilmente encontrada, essa separação acontecerá para garantir a confiabilidade, uma vez que os dados encontrados ao longo da pesquisa estejam armazenados, possibilitando a análise por outros técnicos. Os registros se darão através de arquivamento dos arquivos utilizados, alimentação dos bancos de dados existentes, detalhamento da memória de cálculo e o lançamento dos dados na base do plano. 

Formar uma seqüência de pesquisas: Consiste em configurar o Estudo do Caso de tal modo que se consiga a cada nova informação adquirida levar ao próximo questionamento que servirá como base para novas pesquisas. Assegura-se que cada nova pesquisa apresentada seja devidamente catalogada para a bibliografia do Plano de Emergência.

Análise das pesquisas: É o menos desenvolvido e mais difícil aspecto da condução de um Estudo do Caso. O sucesso depende muito da experiência, perseverança e do raciocínio crítico do técnico para construir descrições, interpretações que possibilitem a extração cuidadosa das conclusões. Um tratamento – organização e tabulação dos dados ajudarão na análise. O mais importante nesta fase é ter definida uma estratégia analítica geral já que isso significa tratar imparcialmente o material das pesquisas encontradas e extrair conclusões analíticas, apresentando interpretações e descrições alternativas. O papel da estratégia geral é ajudar o técnico a escolher entre diferentes técnicas de combate a serem implementadas por ocasião do plano em estudo. Há duas maneiras de se formatar a estratégia geral: basear-se nas proposições teóricas – referencial teórico – ou desenvolver uma criativa descrição do caso.

Detalhamento Metodológico

Esta fase envolve a avaliação de todos os detalhes do processo, visando estabelecer um planejamento das atividades a serem realizadas. A discussão se inicia pelo esclarecimento dos objetivos finais do trabalho e de cada uma das macroatividades da estratégia de resposta, “voltando do final para o começo”, de modo a esclarecer os objetivos e as necessidades de cada etapa do trabalho, assim como de seu encadeamento.

Para o detalhamento metodológico, elabora-se uma matriz, teórica e preliminar, de todos os potenciais impactos ambientais do Plano de Emergência proposto, de modo a permitir a identificação de quais os temas de maior relevância para os estudos a serem desenvolvidos, as necessidades de informações, a disponibilidade de dados, as necessidades de levantamentos de informação em campo, etc.

Para realização deste trabalho utiliza-se a tecnologia GIS para análise espacial dos elementos disponíveis para elaboração de táticas de atuação. Neste processo realizam-se as seguintes atividades:

a) Seleção de material bibliográfico de cartográfico pré-existente;
b) Obtenção de imagens do Google Earth, Google Maps, Yahoo Maps, etc;
c) Obtenção de imagens CBERS e cartas náuticas digitalizadas;
d) Composição de imagens;
e) Processamento digital das imagens;
f) Digitalização de mapas temáticos;
g) Etapas de campo para a confirmação e integração dos dados obtidos nas pesquisas;
h) Organização e composição das informações;
i) Confecção do Plano de Emergência.

As etapas de processamento digital e digitalização das imagens são realizadas por softwares similares ao ArcMap (ESRI GIS and Mapping Software).

1. Seleção do Material Bibliográfico e Cartográfico

A seleção do material bibliográfico será realizada como forma a subsidiar o texto, como referência à parte conceitual do contexto geoambiental, onde se insere no Plano em estudo. Neste levantamento realizado em pesquisas diversas busca-se material relacionado aos aspectos sócio-econômicos, subsidiando a aquisição de dados sobre estes tópicos.

Na internet há um rico material a respeito, sobre as mais diversas regiões do Brasil, sejam levantamentos técnicos realizados pelo governo e por empresas, ou monografias desenvolvidas em teses de mestrados, doutorados ou mesmo graduação sobre os mais variados temas.

As bases de dados do IBGE, MMA, INPE, IBAMA, GOOGLE e das empresas no entorno podem ser consultadas para fins de enriquecimento do conteúdo do trabalho.

A seleção do material cartográfico referente às áreas de estudo será organizada com o objetivo de obter informações sobre a fisiografia e também para as questões de grandezas escalares. Dentre os mapas que podem ser utilizados citamos os seguintes:

a) Cartas Náuticas;
b) Mapas de sensibilidade;
c) Mapas de vulnerabilidade;
d) Mapas das bacias hidrográficas;
e) Mapas políticos da região de estudo.

Para maior riqueza de detalhes convém solicitar a acesso aos Planos de Contingência disponíveis na região.

Nas áreas passíveis de serem atingidas pelo Plano de Emergência será avaliada, conforme o caso, a possibilidade de atingir:

a) Pontos de captação de água;
b) Áreas residenciais, de recreação e outras concentrações humanas;
c) Áreas ecologicamente sensíveis tais como manguezais, bancos de corais, áreas inundáveis, estuários, locais de desova, nidificação, reprodução, alimentação de espécies silvestres locais e migratórias, etc;
d) Fauna e flora locais;
e) Áreas de importância socioeconômica;
f) Rotas de transporte aquaviário, rodoviário e ferroviário;
g) Unidades de conservação, terras indígenas, sítios arqueológicos, áreas tombadas e comunidades tradicionais.

Pela extensão do tema, na próxima semana iremos falar ainda sobre a primeira etapa, comentando sobre o mapeamento que dá continuidade a este tema.

Na próxima segunda-feira finalizaremos a primeira etapa. 

Saudações estratégicas.
DEIXE SEU COMENTÁRIO E SUGESTÕES ENTRE EM CONTATO E RETIRE SUAS DÚVIDAS!

Cesar Costa
Especialista em Estratégia de Resposta
Email: cesarcosta.job@gmail.com

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

ETAPAS PARA EXPLORAÇÃO DA ÁREA PARA CRIAÇÃO DE ESTRATÉGIAS AMBIENTAIS PARA UM PLANO DE EMERGÊNCIA


No post passado definimos parâmetros para criação de estratégias ambientais de atendimento aos riscos de cada atividade, e neste estaremos falando sobre a exploração para conhecer uma área para criação de um Plano de Emergência.

Lembramos que não estaremos abordando sobre o método de análise inicial de um acidente ambiental, mas sim a metodologia de exploração do local para criação de um Plano de Emergência. A metodologia para análise inicial de um acidente ambiental será abordada posteriormente, assim como todo processo envolvendo a atuação em um acidente.

Antes de mais nada, não existe um plano de contingência ambiental realista para uma área onde não exista conhecimento prévio das suas características. Este conhecimento pode vir de diversas maneiras, resulta da soma de pesquisa de dados históricos, sensibilidade e características locais com a exploração da área em risco.

Insere-se no âmbito o Planejamento da Rotina para Elaboração do Plano de Emergência Ambiental criar uma metodologia geral de trabalho. Sob o ponto de vista de obter maior eficiência, é necessária uma prévia aquisição de dados para formação da base de dados. Assim sendo consolidada com dados oriundos de pesquisas científicas realizadas, registros de órgãos do governo (IBGE, IBAMA, MMA, órgãos estaduais e municipais entre outros), Google Earth, Google Maps, Yahoo Maps e outras fontes de disponibilização de dados confiáveis. Conhecimentos históricos, culturais e geográficos podem ajudar a estabelecer uma prévia do plano que será devidamente enriquecida com os dados obtidos em campo durante a exploração da área. 

O objetivo geral destes posts será ajudar a desenvolver parâmetros de estudo das principais características socioambientais e da sensibilidade existente ou potencial do local a ser explorado. Levando em conta o uso dos recursos naturais de modo a permitir uma avaliação da melhor estratégia de proteção e mitigação dos danos, incorporando seus efeitos cumulativos e sinérgicos sobre o meio ambiente. Temos como objetivo subsidiar a definição de diretrizes e orientações para o planejamento e a implementação de ações para a área proposta, com ênfase na disponibilidade de recursos. Dessa forma, a exploração deve ser desenvolvida a partir de três abordagens distintas.

A primeira abordagem, que servirá de fundamento para todas as abordagens posteriores, volta-se para o conhecimento da realidade do local. Buscando a complexidade da inter-relação de seus múltiplos fenômenos socioambientais e a identificação dos impactos negativos do cenário proposto e, em particular, da sinergia e cumulatividade desses impactos, que apresentam alta diversificação espacial e temporal. Trata-se, portanto, de uma abordagem que privilegia o conhecimento da realidade concreta, buscando estimar as consequências ambientais da área sob risco de incidente. Esta é uma fase decisiva na exploração, pois é ela que permitirá a construção do instrumental conceitual e metodológico e a base de informações das demais abordagens.

A segunda abordagem tem um caráter prospectivo, voltando-se para a formação regional da área, dentro da estrutura para resposta existente e das dificuldades iminentes para estimativa da capacidade. Como toda abordagem prospectiva, incorporando a dimensão das incertezas próprias das previsões logísticas e operacionais para atuação no local de estudo. Essa incorporação requer a construção de hipóteses que serão agregadas às pesquisas da estratégia de resposta, prevendo a introdução de variáveis de planejamento, de novas tecnologias ou de táticas diferenciadas, dentre outras, que possam vir a alterar as estratégias. Ou seja, observar se um determinado recurso ou se certo segmento apresenta dificuldades para realização do combate ou da mitigação dos efeitos negativos na área do Plano de Emergência. Esta é, portanto, uma abordagem que busca um conhecimento da realidade baseado no potencial de intervenção futura sobre suas características atuais.

A terceira abordagem busca um conhecimento capaz de subsidiar o planejamento e a formulação das estratégias, voltando-se para uma simplificação da realidade, necessária para a construção de critérios e mecanismos que permitam a comparação e a hierarquização de ações distintas: contenção, recolhimento, proteção e limpeza. Trata-se de um conhecimento que busca construir estratagemas para atuar em cada segmento que venham a servir como indicativos que permitam operacionalizar instrumentos de planejamento, acompanhamento e tomada de decisão pela estrutura de resposta definida. Para que cumpra sua função, é preciso que esta abordagem esteja fortemente calcada na realidade e nos objetivos a que se propõe atingir. Ou seja, ela será capaz de construir indicadores e formular variáveis que sejam, por um lado, altamente significativas como representações da realidade e, por outro, de grande eficácia para o planejamento.

A exploração da área se distribui em cinco etapas, cuja concepção básica, conforme definido nesta metodologia é a seguinte:

Primeira Etapa - Planejamento e Estruturação do Trabalho, que define os rumos das pesquisas e da exploração da área.

Segunda Etapa - Caracterização Socioambiental, envolvendo a identificação das principais características ambientais, econômicas e sociais do local, gerando uma análise dos aspectos socioambientais mais relevantes, incluindo as potencialidades e os espaços para estimativa de estratégias.

Terceira Etapa - Avaliação Ambiental para Segmentação, voltada para a identificação dos segmentos, com base nos aspectos relevantes, também denominados como elementos de caracterização, levantados na segunda etapa, e caracterização dos efeitos ambientais por subdivisão do local, visando definir as áreas que se assemelhem ou se distingam das demais. Nesta etapa realiza-se: identificação dos impactos, estabelecimento das variáveis, qualificação e identificação das áreas frágeis e avaliação dos efeitos acumulativos.

Quarta Etapa - Análise de Segmentos Definidos, envolvendo a identificação dos potenciais conflitos locais e os que podem ocorrer devido ao incidente proposto. Nesta etapa, além de identificar a sensibilidade e a vulnerabilidade, registra-se os problemas que se agravariam ou surgiriam no local explorado, serão identificados se existem outros planos de emergências locais e regionais que tenham que ser seguidos ou ser considerados pela estrutura de resposta estabelecida.

Quinta Etapa - Avaliação Estratégica Integrada, envolvendo a avaliação dos efeitos sinérgicos e cumulativos resultantes dos impactos ambientais ocasionados pelo conjunto das consequências do local explorado, gerando todas as estratégias, com seus respectivos estratagemas e táticas de atuação.

Finalização dos Trabalhos - Com base nessa concepção da análise realizada que será formulado, finalmente, as bases metodológicas da criação do Plano de Emergência para a área explorada.

Dentro do exposto, nos próximos posts seguirá o detalhamento de cada etapa que compõe o processo de criação do Plano de Emergência Ambiental da área em estudo.

Na próxima segunda-feira detalharemos a primeira etapa. 

Saudações estratégicas.
DEIXE SEU COMENTÁRIO E SUGESTÕES ENTRE EM CONTATO E RETIRE SUAS DÚVIDAS!

Cesar Costa
Especialista em Estratégia de Resposta
Email: cesarcosta.job@gmail.com





segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

DEFININDO PARÂMETROS PARA CRIAÇÃO DE ESTRATÉGIAS AMBIENTAIS DE ATENDIMENTO AOS RISCOS DE CADA ATIVIDADE

CONCEITOS IMPORTANTES

Deixamos sempre claro que o ideal sempre será criar rotinas e processos que evitem o impacto para jamais gerar danos e transtornos materiais ou ambientais de qualquer espécie. Dentre estes, citamos os de responsabilidade direta, fruto de nossa atividade, ou os de responsabilidade indireta, de responsabilidade de terceiros que estejamos diretamente ligados como contratantes ou parceiros.

Mesmo diante das melhores ferramentas para evitar as emergências, devemos sempre estar preparados para ações de resposta à altura das possíveis emergências. Portanto, devemos optar pela criação de Planos de Emergências que atendam riscos inerentes ao local de operação.

Um plano de emergência eficiente deve especificar as ações que serão tomadas, os responsáveis, os locais e opções de acesso, além do provimento de recursos. Para tanto é preciso um levantamento da área bem feito para criação de estratégias factíveis de execução dentre de prazos hábeis para impactos mínimos possíveis.

Bons gatilhos para acionamento do Plano de Contingência podem garantir que o Plano de Emergência seja colocado em ação em tempo hábil para uma resposta satisfatória. Sendo os recursos disponibilizados conforme o nível da emergência atinja seus níveis mais alarmantes. 

Um bom Plano deve ser prático, eficiente e realista, observando fatores lógicos como o aproveitamento do máximo de recursos previamente disponíveis e outros de possível aquisição, nada adianta um plano milagroso no papel que não seja possível de ser atendido. O custo deve ser observado para ser levado em conta sem que haja prejuízo no processo de proteção e mitigação de riscos ambientais.

Recursos mobilizados em abundância e aleatoriamente atendem unicamente aos anseios da opinião pública, mas nada adiantam de forma efetiva se utilizados de forma desordenada e sem critérios. Em nada reduzem o impacto ao meio ambiente ou a comunidade de entorno.

O ideal é a mensuração correta dos eventos, estabelecendo métodos, ferramentas, meios e treinamento eficazes para auxiliar no processo de tomada de decisões.

Existem casos de sermos obrigados a mobilizar diversos recursos para atender os anseios da opinião pública de grandes gestos em defesa do ambiente, enquanto as ações realmente efetivas são executadas de forma discreta, no entanto, com alto índice de eficácia no objetivo de proteger áreas ainda não impactadas e garantir o início da descontaminação dos pontos afetados pela emergência.

Fica claro que deve-se cuidar da proteção e também da imagem da empresa, pois ambas as coisas estão associadas, tendo ações realmente efetivas e atitudes que preservem a imagem da empresa para mostrar todo comprometimento dos envolvidos com todas as situações críticas.

Continuaremos com este tema nos próximos posts.


DEIXE SEU COMENTÁRIO E SUGESTÕES

ENTRE EM CONTATO E RETIRE SUAS DÚVIDAS!

Cesar Costa
Consultor de Estratégia de Resposta a Riscos Ambientais
Fone de Contato: (71) 99909-7585
Email: costacesar@globo.com

domingo, 1 de janeiro de 2017

RETORNO DO BLOG


UM FELIZ 2017 PARA TODOS ESTRATEGISTAS!

Com muito orgulho desejo um feliz 2017 a todos.

Mande seu e-mail, retire suas dúvidas, solicite temas relevantes ou mesmo textos ou planilhas especificas.

Bem vindo a este BLOG!

QUEM SOU EU

Este é um BLOG para tratar de estratégia de resposta a incidentes ambientais, um instrumento para trocar informações, discutir teorias e difundir boas práticas a respeito do tema. Portanto são esperados comentários e consultas para interação. Estivemos ausentes na postagem de conteúdo, mas estaremos retomando as postagens com um cronograma de uma nova postagem a cada segunda –feira.

Antes de mais nada, é oportuno me apresentar, meu nome é Cesar Costa, Consultor de Estratégia Ambiental que atuo de forma efetiva desde o ano 2000 nesta área.

Comecei atuando em emergências e fui me especializando e me tornei consultor para à PETROBRAS na antiga gerência de Controle de Contingências, nesta época participei de diversas emergências ambientais.

Posteriormente fui convidado a atuar como Supervisor de Estratégia de Resposta pelo CDA (Centro de Defesa Ambiental), realizando levantamentos de campo e criando Planos de Atuação juntamente com a equipe de estratégia.

Depois fui para o CPRA onde realizei o acompanhamento das embarcações OIL RECOVERY (recolhedoras de óleo), criando estratégias e testando a efetividade das embarcações no atendimento ao proposto.

Atuei na BRAM OFSHORE do grupo americano CHOUEST para realizar o monitoramento e treinamento das tripulações das embarcações recolhedoras de óleo.

Por fim, atuei como Gerente do CDA (Centro de Defesa Ambiental) para efetuar a gestão das equipes de terra nas estratégias ambientais, em atendimento aos Planos de Atuação.

Nossa meta é realizar toda segunda-feira um novo post a respeito do tema, sugestões de temas serão bem-vindos, que serão devidamente incluídos no planejamento de post futuros.

O primeiro desta nova série está previsto para amanhã, dia 02/01, quando estarei postando o seguinte artigo: "DEFININDO PARÂMETROS PARA CRIAÇÃO DE ESTRATÉGIAS AMBIENTAIS DE ATENDIMENTO AOS RISCOS DE CADA ATIVIDADE"

Saudações estratégicas.
DEIXE SEU COMENTÁRIO E SUGESTÕES ENTRE EM CONTATO E RETIRE SUAS DÚVIDAS!

Cesar Costa
Especialista em Estratégia de Resposta
Email: cesarcosta.job@gmail.com